O governo da Venezuela decidiu colocar navios da Marinha em alto mar, com o objetivo de realizar patrulhas em regiões costeiras do país. A medida, que coincide com o cerco dos Estados Unidos contra o presidente Nicolás Maduro, foi anunciada nesta terça-feira (26/8) pelo ministro da Defesa, Padrino López.
Em uma publicação nas redes sociais, López afirmou que movimentação é um reforço a operação militar que começou no início do ano, com o objetivo de combater grupos criminosos que atuam na fronteira entre Venezuela e Colômbia.
Além dos navios, helicópteros e drones, 15 mil militares também serão mobilizados, conforme anunciado pelo ministro do Interior, Justiça e Paz venezuelano, Diosdado Cabello. O foco da operações será nos estados de Zulia e Táchira, que ficam na linha fronteiriça com a Colômbia.
No comunicado, o ministro da Defesa da Venezuela não citou as ameaças dos EUA contra o presidente Nicolás Maduro. A movimentação militar, porém, surge em meio a pressão do governo de Donald Trump contra o líder chavista, e o possível cerco contra o país.
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Atualmente, três navios de guerra norte-americanos se encaminham para a região costeira da Venezuela. O deslocamento acontece após os EUA classificarem Maduro como chefe do cartel de Los Soles.
A suposta ligação de Maduro com o grupo, sem provas concretas, surge em meio a uma mudança nas políticas norte-americanas de combate ao tráfico internacional de drogas.
Desde o início do governo Trump II, diversos grupos ligados ao tráfico foram classificado como organizações terroristas. Mais que uma simples retórica, a medida abre precedentes para que os EUA realizem operações militares em outros países, sob a justificativa da guerra contra o terror.