Em uma sessão na Câmara Municipal de Santos, no litoral paulista, na última quinta-feira (7/8), o vereador Marcos Caseiro (PT) denunciou que um dos médicos chefes de um hospital da cidade foi condenado por estuprar uma criança.
Na sessão, Caseiro, que também atua como médico no Hospital Guilherme Álvaro (HGA) pediu a “imediata exclusão do profissional da unidade de saúde”.
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O homem foi condenado em 2009, segundo os autos do processo, por “atos libidinosos”, antiga classificação para o que é hoje considerado estupro de vulnerável. O crime teria sido cometido entre os anos de 1997 e 2003 em Barueri, na região metropolitana, contra uma criança próxima à família.
Condenado pela 2ª Vara Criminal de Barueri em 2009 a 10 anos e oito meses de prisão pelo crime, ele permaneceu seis anos em liberdade enquanto o processo corria na Justiça e, em 2015, teve um mandado de prisão efetivamente expedido. Durante as investigações, foi constatado que o profissional era diretor de um hospital em Osasco.
O médico, porém, fugiu para Araçatuba, no interior, e só foi capturado pela Polícia Civil em 2017. Em 2019, o regime passou a ser aberto. A pena dele, conforme o processo, deverá ser finalizada em outubro de 2025.
Atualmente, ele é chefe do Núcleo Interno de Regulação (NIR) do HGA em Santos. Seu CRM consta como ativo e ele tem como especialidade a área de cirurgia cardiovascular, com salário de R$ 18 mil no mês de junho. Procurado, o Hospital afirmou em nota que irá “acompanhar o caso com atenção”.
A unidade é gerida pelo Estado de São Paulo. Procurada, a Secretaria da Saúde afirmou em nota que o servidor foi contratado por meio de concurso público em 2007 e que exerce suas atividades conforme normativas vigentes. “Fatos alheios à sua atuação na instituição estão sob responsabilidade das autoridades competentes”.
O vereador Marcos Caseiro defende que o médico seja afastado do cargo por conta de sua condenação. “Não podemos ter pedófilos em nenhuma unidade pública da nossa cidade. Estou fazendo um requerimento para saber exatamente quem mantém esse cara como chefe do NIR”, declarou.
A reportagem buscou contato com a defesa do médico mas não conseguiu localizá-la. O espaço permanece aberto.