Investigações da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso (PCMT) revelam que a enfermeira mantida como escrava sexual pelo médico e vereador Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa (foto em destaque) abusou de dois pacientes com deficiência a mando do investigado.
Nessa quarta-feira (13/8), a enfermeira foi presa pelos abusos sexuais praticados contra duas vítimas com deficiência intelectual pertencentes a famílias distintas.
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As investigações da Operação Verdades Secretas, que apuram os crimes imputados ao vereador, indicaram que os abusos supostamente cometidos pela enfermeira, que trabalhava na modalidade home care em Rondonópolis (MT), teriam ocorrido a mando do principal investigado da operação, Bitencourt.
Segundo a polícia, o suspeito teria determinado que a enfermeira cometesse os atos contra as vítimas, registrasse os crimes e enviasse o material produzido.
Se comprovadas, essas condutas se enquadram nos crimes de estupro de vulnerável e produção e compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.
Vítima
Apesar de ter sido presa, a profissional da saúde também é apontada como uma das vítimas do suposto abusador em série.
De acordo com as apurações, a enfermeira mantinha um relacionamento com o suspeito e era submetida a condições degradantes, sendo tratada como uma espécie de escrava sexual.
Os elementos colhidos apontam que o investigado também teria adotado essas condutas com outras mulheres que possuíam filhas ou tinham acesso a crianças.
Suspeito de pedofilia, vereador teria abusado de mulher dentro de consultório
Divulgação
Itens encontrados na casa do vereador no dia da prisão
Operação para prender vereador
PCMT/Divulgação
PCMT/Divulgação
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Cassado
Tiago Bitencourt, 39 anos, era vereador de Canarana, município localizado a 838 km de Cuiabá (MT), pelo Partido Liberal (PL). Ele teve o mandato cassado após ser preso em uma operação em 31 de maio.
Conforme a coluna noticiou, o Partido Liberal (PL) afastou o vereador. O presidente estadual do PL, Ananias Filho, informou que “o PL Mulher repudia veementemente as alegações e crimes atribuídos ao vereador, motivo esse que causou a suspensão da sua filiação”.
À época, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) também instaurou uma sindicância para apurar a conduta do médico.
No dia da prisão, os agentes encontraram, entre as coisas de Thiago Bitencourt, peças de roupas infantis femininas e itens sexuais.
Além de um macacão, touca e sapatos rosas, também foram encontrados brinquedos entre os objetos sexuais, como consolos, cintas, algemas, além de roupas íntimas adultas.