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    Vídeo: em novo confronto no Brás, ambulante é agredido por GCM

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    Um ambulante foi agredido, imobilizado e detido por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na manhã desta quarta-feira (6/8), no Brás, centro de São Paulo. A GCM diz que, desde a última sexta-feira (1°/8), intensificou o efetivo para combater o comércio irregular na região de comércio popular, o que tem gerado confusão e confrontos.

    Segundo testemunhas, os ambulantes são impedidos de trabalhar no bairro e são recorrentes os episódios de violência por parte da GCM. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram um ambulante sendo abordado e agredido por cerca de cinco guardas municipais, que jogam spray de pimenta no rosto do homem e o agridem com golpes de cassetete.

    Na gravação, é possível ouvir a vítima questionando a ação dos guardas e protegendo seu material de trabalho. Contudo, os agentes logo aplicam o gás de efeito moral, imobilizam o homem contra o chão e apreendem seu material.

    Veja:

    Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) afirmou que a Guarda Municipal intensificou o patrulhamento e reforçou o efetivo na região “com o objetivo de garantir a segurança dos frequentadores, comerciantes e coibir o comércio irregular”.

    Na manhã de ontem, terça-feira (5/7), a Guarda Civil chegou a usar bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha em confronto com ambulantes.

    Ao Metrópoles, um comerciante, que preferiu não ser identificado, lamentou: “o pessoal quer trabalhar e a polícia não está deixando. De ontem para cá, GCM está muito presente aqui no Brás. Toda hora passa GCM”.

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    A reportagem também questionou a SMSU sobre as razões do uso da violência contra o ambulante e se ele permanecerá preso, no entanto, ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.

    “Camelô não é ladrão”

    Ainda nesta manhã, os comerciantes organizaram uma manifestação contra a ação da GCM. Segundo eles, a Guarda Municipal os impede de trabalhar e os trata como ladrões.

    Em um vídeo obtido pelo Metrópoles, é possível ver os ambulantes caminhando pela região e protestando. Entre as reivindicações, os eles entoam o canto “ão ão ão, camelô não é ladrão”.

    Veja:

    

    O protesto aconteceu após trabalhadores da feira da madrugada — tradicional comércio popular da região — serem impedidos de trabalhar pela GCM.