A cúpula do PP avisou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que só chancelará um deputado do partido como relator do projeto da anistia ao 8 de Janeiro com uma condição.
Segundo apurou a coluna, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), só topa indicar um aliado para relatar a proposta se a anistia votada inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado
HUGO BARRETO/METRÓPOLES
@hugobarretophoto
Deputado Tião Medeiros
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira
KEBEC NOGUEIRA/ METRÓPOLES @kebecfotografo
O deputado Lafayette Andrada
Marina Ramos / Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Hugo Motta
Breno Esaki/Metrópoles
Na direção do PP, há um temor de que bolsonaristas mais radicais culpem o partido e, especialmente, Ciro Nogueira (PI), caso uma anistia “light” seja aprovada pelo Congresso Nacional.
O receio no PP é de que bolsonaristas invistam no discurso de que a sigla dificultou a anistia para fortalecer a candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) à Presidência.
Leia também
-
O “alívio” de Mauro Cid após o resultado do julgamento no STF
-
Além da anistia, julgamento de Bolsonaro dá mais um abacaxi para Motta
-
As indiretas de Janja sobre a condenação de Bolsonaro
-
Como Bolsonaro acompanhou sua condenação a 27 anos de prisão pelo STF
A disputa pela relatoria da anistia
Como noticiou a coluna, ao menos dois deputados disputam, nos bastidores, a relatoria do projeto da anistia, embora Hugo Motta não tenha sinalizado uma data para votar o tema na Câmara.
A função de relator da proposta é disputada pelos deputados Tião Medeiros (PP-PR), que conta com o apoio de caciques do PP, e Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), do mesmo partido de Motta.