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    A reviravolta chocante do documentário Número Desconhecido da Netflix

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    O documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola, da Netflix, vem dando o que falar nas redes sociais. Isso porque a produção narra a investigação sobre uma série de mensagens anônimas recebida por um casal de adolescentes nos EUA e chocou o público com a revelação de quem era o autor das mensagens perturbadoras.

    No centro da trama estavam os adolescentes Lauryn Licari e Owen McKenny que iam juntos a uma festa de halloween na casa de uma amiga da escola, em 2020. Alguns dias antes das festa, Lauryn começou a receber mensagens de um número desconhecido dizendo que Owen terminaria com a jovem para ficar com a pessoa que mandou as mensagens.

    4 imagensLauryn e Owen no documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola da NetflixOwen McKenny no documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola da NetflixLauryn Licari no documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola da NetflixFechar modal.1 de 4

    Lauryn Licari no documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola da Netflix

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    Lauryn e Owen no documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola da Netflix

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    Owen McKenny no documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola da Netflix

    Divulgação/Netflix4 de 4

    Lauryn Licari no documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola da Netflix

    Divulgação/Netflix

    A princípio, eles não levaram as mensagens muito a sério. Entretanto, 10 meses depois, os dois passaram a receber novas mensagens, que se tornavam cada vez mais perturbadoras, com teor pornográfico e violento. Segundo o documentário, os dois recebiam cerca de 40 a 50 mensagens por dia, de vários números desconhecidos.

    Preocupados, os pais do jovens acionaram a escola e pediram ajuda para tentar identificar quem estaria mandando as mensagens. A polícia também foi envolvida e instaurou uma investigação de cyberbullying, perseguição e assédio. Ao todo, foram 22 meses de mensagens mesmo após o término do relacionamento de Lauryn e Owen.

    Sem sucesso na investigação, a policia local precisou da ajuda do FBI para que eles ajudassem a entender o que estava acontecendo. Nenhum dos envolvidos, contudo, estava preparado para a descoberta de quem estava por trás das mensagens.

    ALERTA DE SPOILER! A partir daqui, o Metrópoles revela o autor das mensagens enviadas e contará outros detalhes importantes do documentário.

    Quem estava enviando as mensagens?

    Em meio a investigação e após uma série de entrevistas com alunos da escola, a policia concluiu que o autor das mensagens não podia ser um adolescente já que a pessoa tinha acesso a recursos tecnológicos. Além disso, pelos detalhes que a pessoa sabia sobre a vida de Lauryn, Owen e das famílias, a pessoa tinha que ser próximo a eles.

    Após meses de investigação, o FBI finalmente conseguiu identificar quem seria o autor das mensagens. A resposta viralizou nas redes sociais e chocou o público.

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    A pessoa que enviou as mensagens era a mãe de Lauryn, Kendra Licari. A descoberta chocou inclusive a polícia, porque Kendra tinha colaborado com eles desde o princípio. Para o público, a revelação foi ainda mais chocante já que Kendra foi entrevistada para o documentário e comentou sobre todos os passos da investigação antes da revelação.

    Kendra e Lauryn Licari no documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola da Netflix

    Prisão e como estão mãe e filha hoje?

    Em dezembro de 2022, Kendra foi presa pela polícia. O documentário, inclusive, mostra cenas da câmera corporal no momento em que Kendra foi presa e a reação de Lauryn ao descobrir que foi a mãe que enviava as mensagens.

    No documentário, várias suspeitas foram levantadas sobre a motivação de Kendra para mandar as mensagens, mas até hoje não há uma resposta concreta.

    Em um dos depoimentos, ela argumentou que cometeu erros. “Realisticamente, muitos de nós provavelmente já infringimos a lei em algum momento e não fomos pegos. Tenho certeza de que pessoas que dirigiram bêbadas não foram pegas”, disse ela em um trecho.

    Após a prisão, Kendra se declarou culpada de duas acusações de perseguição a uma menor e foi condenada a uma pena de 19 meses a 5 anos de prisão. Ela foi libertada da prisão em 8 de agosto de 2024 e, na época em que as filmagens do documentário terminaram, ela ainda queria fazer parte da vida da filha.

    Lauryn manteve contato com a mãe durante um período em que ela cumpriu a pena na prisão mas, pouco depois decidiu não a ver mais. Em entrevista para a Netflix, a diretora do documentário Skye Borgman, contou que, quando falaram pela primeira vez com Lauryn, em 2023, ela ainda tinha muito carinho pela mãe.

    No entanto, um ano depois, após Kendra já estar em liberdade, Lauryn tinha mudado de visão sobre a mãe. “Ela estava começando a processar a complexidade das ações da mãe e queria abordar o relacionamento com mais cautela em nossa segunda entrevista”, contou a diretora.