O advogado do jovem de 23 anos, preso por vender drogas no Distrito Federal (DF) usando um iPhone emprestado da mãe — uma policial militar lotada na Presidência da República — pediu que um homem, detido na mesma delegacia que seu cliente, assumisse o crime para livrar o universitário.
Conforme apurado pela coluna, o advogado teria, em dado momento, ido até a cela onde o encarcerado estava e dito que se ele assumisse a autoria do tráfico de drogas, inocentamdo o jovem, “cuidaria dele.”
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De acordo com o boletim de ocorrência, um segundo homem, que estava na mesma cela, testemunhou toda a situação e confirmou a versão do outro preso.
O cliente do advogado foi preso nessa quinta-feira (11/9), durante a Operação Musk, conduzida pela Seção de Repressão às Drogas (SRD) da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), com apoio do Batalhão de Rotam da Polícia Militar do DF (PMDF).
Ele foi flagrado no Paranoá enquanto entregava comprimidos de MDMA. Além da droga, os agentes apreenderam porções de cocaína, haxixe, maconha “gourmet”, balança de precisão, máquina de cartões e celulares usados nas transações.
À polícia, o jovem admitiu que utilizava um aparelho emprestado por sua mãe para negociar as vendas das drogas. O caso, por envolver uma policial militar em exercício na Presidência, deve ter desdobramentos administrativos e será alvo de apuração paralela.
As investigações também revelaram que ele abastecia diferentes regiões do DF, usando motoristas de aplicativo para as entregas. O esquema movimentava drogas sintéticas de alto valor, especialmente MDMA.