Apoiadores se reúnem em vigília, na noite desta sexta-feira (12/9), nas proximidades do condomínio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Essa é a segunda noite de reunião de bolsonaristas, no local, após a condenação do ex-mandatário por golpe de Estado e outros quatro crimes, com uma pena final de 27 anos e três meses de prisão.
A pena foi imposta por decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quinta (11/9), no âmbito da ação penal 2.668.
Apoiador enrolado na bandeira de Israel
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Bandeira com nacional com Bolsonaro
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Sob o chão pintado com a frase “sem anistia”, apoiadores se reúnem em vigília
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Vigília em prol de Bolsonaro
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Vigília em prol de Bolsonaro em Brasília
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Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto. A medida foi imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, mas não tem relação com a condenação de quinta. A medida restritiva de liberdade foi aplicada sob o argumento de que o ex-presidente violou cautelares no âmbito de outro inquérito, de número 4.995, que resultou no indiciamento de Bolsonaro e do filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A apuração desse caso visa esclarecer suspeita de obstrução de ação penal, por meio de atos, junto ao governo dos Estados Unidos, para constranger autoridades brasileiras, com sanções e revogação de vistos. O ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, foi sancionado com base na Lei Magnitsky.
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Nas vigílias em prol de Bolsonaro, usualmente, homens e mulheres chegam vestidos, em sua maioria, com roupas nas cores verde e amarela. Nesta sexta, é possível ver ao menos uma bandeira de Israel e outra dos Estados Unidos. Durante as reuniões, os participantes oram e cantam louvores pela anistia do ex-presidente.
Outros condenados
Além de Bolsonaro, outros sete réus do chamado núcleo crucial da trama golpista foram condenados nessa quinta. São eles:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, general e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
- e Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil.