A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, na tarde desta terça-feira (2/9), o julgamento da ação penal sobre a suposta trama golpista atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus do núcleo 1. O grupo, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, tentou anular as eleições de 2022 para manter Bolsonaro no poder.
Pela manhã, o julgamento ficou marcado pela leitura do relatório da Ação Penal nº 2.668 pelo ministro relator Alexandre de Moraes. Além disso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de Bolsonaro e outros sete réus. Agora, na volta da sessão, às 14h, será o momento das sustentações orais dos advogados dos oito réus.
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A sessão da tarde começou com as alegações da defesa do delator Mauro Cid, com o advogado Jair Alves Pereira. Ele começou negando a versão de outros réus, de que o Cid foi coagido pela PF em sua delação.
O que aconteceu pela manhã
“Esse julgamento é mais um desdobramento do legítimo exercício pelo STF e de sua missão. O STF segue o mesmo rito processual, o mesmo respeito ao devido processo legal que foi seguido nas 1.630 ações penais ajuizadas pela PGR referentes à tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro de 2023”, destacou Moraes.
Julgamento do chamado “núcleo crucial” do inquérito do golpe
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Julgamento do chamado “núcleo crucial” do inquérito do golpe
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Paulo Gonet aponta Bolsonaro como líder do grupo que tentou executar um golpe de Estado em 2022
Antonio Augusto/STF
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Reprodução STF
Na sequência, foi concedida a palavra para Gonet, que teve duas horas para sustentar a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). “Quando o presidente da República e o ministro da Defesa se reúnem com comandantes militares, sob sua direção política e hierárquica, para consultá-los sobre a execução da fase final do golpe, o golpe, ele mesmo, já está em curso de realização”, destacou Gonet.
Advogados de defesa
O primeiro jurista a falar será o representante do tenente-coronel Mauro Cid, em virtude de ser o delator do caso. Logo depois irão falar o restante dos advogados na seguinte sequência de réus.
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres. ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno, general e ex-chefe do GSI
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil
Cada advogado terá uma hora para realizar a sustentação oral perante os ministros da Primeira Turma do STF.
Arte/ Metrópoles
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