A influenciadora Tainá Sousa (foto em destaque), presa pela Polícia Civil do estado do Maranhão (PCMA) em 1° de agosto, sob suspeita de criar uma “lista de execução” e liderar um esquema de fraudes em apostas, obteve êxito em um pedido de habeas corpus e pode ser solta a qualquer momento.
Os magistrados da 3ª Câmara Criminal avaliaram que não há provas suficientes que justifiquem a manutenção da prisão. Tainá deve responder pelos crimes em liberdade.
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“Lista da morte”
A lista supostamente criada por Tainá era, segundo a polícia, composta por nomes de pessoas que atuam de forma ativa no combate aos jogos ilegais, sobretudo no âmbito do “Jogo do Tigrinho”.
Isso teria irritado a suspeita, uma vez que ela é apontada pela polícia como líder de um grupo que atuava na promoção do jogo ilegal, associado à modalidade de caça-níqueis on-line.
Os nomes do deputado estadual Yglesio Moisés, do delegado Pedro Adão, à frente das investigações contra a influenciadora, dos jornalistas Luís Cardoso, que morreu em abril deste ano em decorrência de um infarto, e Domingos Costa estavam na suposta lista.
Ela estava presa desde 1° de agosto
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Segundo a polícia, ela lidera um esma de fraudes no “Tigrinho”
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A Justiça do Marnhão concedeu habeas corpus nessa terça
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Ela pode ser solta a qualquer momento
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Operação
Antes da prisão da blogueira, o grupo que ela lidera havia sido alvo de uma ofensiva da Polícia Civil em 30 de julho.
A operação, batizada de Dinheiro Sujo, foi coordenada pelo Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos (DCCT), da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), e culminou em buscas e apreensões em seis endereços.
Além das buscas, houve o sequestro de bens e bloqueio judicial de mais de R$ 11 milhões em contas vinculadas aos investigados.
Foram apreendidos cinco veículos — entre eles modelos de luxo como Range Rover Velar, Range Rover Evoque, BMW e Toyota Hilux — além de uma moto aquática, celulares, computadores, uma arma de fogo e carregadores e cadernos com anotações que devem subsidiar a continuidade das investigações. Bolsas de grife e dólares também foram apreendidos.
“Esses carros de luxo estavam em nome de terceiros e foram adquiridos com os valores auferidos através dessas divulgações ilegais”, destacou o delegado Pedro Adão, chefe do DCCT.
De acordo com as investigações, o grupo usava as redes sociais para atrair vítimas por meio de promessas de lucros fáceis e rápidos. Após o cadastro em plataformas de jogos, seguidores eram orientados a realizar depósitos, movimentando valores cuja origem e destino são alvo de apuração.
A divulgação do “Tigrinho” era feita por influenciadores contratados por integrantes do esquema.
Ainda conforme o DCCT, a estrutura do grupo criminoso inclui uma advogada, suspeita de atuar na lavagem de dinheiro, e uma gerente, responsável por coordenar grupos de WhatsApp usados para captar novos apostadores.