Enquanto o streaming redefine os hábitos de consumo, uma lista divulgada pela Forbes mostra que a televisão aberta e por assinatura ainda pode render contratos milionários a um seleto grupo de apresentadores.
No entanto, o formato late show, que simbolizou prestígio e lucros expressivos, hoje enfrenta queda de audiência e resultados negativos. Em julho, a CBS anunciou o cancelamento do The Late Show with Stephen Colbert, alegando prejuízo anual de US$ 40 milhões (cerca de R$ 214 milhões).
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NBC e ABC também reduziram custos ao encurtar a programação semanal de cinco para quatro dias, medida que desagradou astros como Jimmy Fallon. “Quero fazer cinco dias por semana. Eu amo fazer isso”, declarou o apresentador à Forbes.
Apesar do cenário de retração, os principais nomes do gênero seguem entre os mais bem pagos da televisão. Fallon e Jimmy Kimmel recebem cerca de US$ 16 milhões (R$ 85,6 milhões) anuais cada, enquanto Colbert ganha US$ 15 milhões (R$ 80,2 milhões). No ranking da Forbes, os 25 apresentadores mais bem remunerados do país acumulam juntos US$ 582 milhões (R$ 3,11 bilhões) por ano — cifras superiores às de astros de séries de sucesso.
Fernanda Torres concedeu entrevista ao Jimmy Kimmel Live, um dos talkshows mais relevantes dos Estados Unidos
Reprodução/Instagram
Gisele Bündchen e Jimmy Fallon
Foto: Reprodução
O futuro, porém, indica mudanças. Executivos do setor já admitem que salários tão elevados dificilmente serão replicados pelas próximas gerações. O ambiente de cortes orçamentários pressiona emissoras, que sofrem críticas ao manter contratos milionários enquanto promovem demissões em massa. Foi o caso da Disney, que renovou o acordo de George Stephanopoulos, âncora do Good Morning America, por US$ 17 milhões (R$ 91 milhões) anuais em meio a enxugamento de equipes.
No horizonte, plataformas digitais como YouTube e podcasts oferecem alternativas em que o talento depende menos das emissoras e assume diretamente o risco — e o lucro — da própria audiência.