Dono do ouro inédito na ginástica em 2012 e prata em 2016 nos jogos olímpicos, Arthur Zanetti mira as Olimpíadas de 2028, que acontecem em Los Angeles. O ex-atleta, hoje com 35 anos, se aposentou em 2025, mas não descarta participar dos próximos jogos.
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, Zanetti disse que não pretende mais competir em mundiais nem nas olimpíadas, mas não descarta a possibilidade de estar presente com a delegação brasileira em 2028.
” Eu estou aposentado, não compito mais. Espero estar na delegação, integrando a parte técnica, alguma coisa de gestão com a confederação, com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), seria um prazer para mim, mas não me vejo competindo, me aposentei, não volto atrás da decisão”, disse.
Ele explicou que quer ajudar o Brasil dentro do ginásio. “Mas vou trabalhar agora para o meio da ginástica, para que todos possam evoluir — na parte técnica e na parte de arbitragem, da qual também estou envolvido”, completou Zanetti.
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A última oportunidade que Zanetti tinha de representar o Brasil foi nas Olimpíadas de Paris, no ano passado, mas o ginasta sofreu uma lesão no braço esquerdo e desfalcou o conjunto brasileiro.
Ao todo, o ex-ginasta participou de três olimpíadas: Londres, em 2012; Rio de Janeiro, em 2016, e Tóquio, em 2020. Além de ser medalhista em duas dessas edições, Arthur Zanetti também entrou para a história do esporte por outros feitos.
O brasileiro se tornou o primeiro atleta latino-americano a vencer nas argolas, além de conquistar o mundial em 2013 e ser tricampeão do Pan-americano (2011, 2015 e 2019).
Nas Olimpíadas de Paris, o Brasil conquistou um bronze inédito na disputa por equipes, além do ouro inédito de Rebeca Andrade no solo. A delegação brasileira foi ao pódio quatro vezes. Apesar do brilho no feminino, o conjunto masculino ficou sem medalha na disputa. Sobre o desempenho, Zanetti lamentou a falta de pódio e mencionou importantes desfalques:
“Acho que são gerações diferentes. Mesmo sendo a mesma ginástica, a gente acaba tendo aparelhos diferentes, situações diferentes e nesse caso o time brasileiro teve três grandes desfalques: eu acabei não competindo, o Caio também, que era um dos atletas principais, não competiu e o Tomaz que estava na equipe principal acabou se lesionando. Então, foram três faltas que a gente tinha da equipe principal e tiveram que entrar os reservas”, disse Arthur Zanetti.
Sem cogitar competir nas próximas Olimpíadas, o ex-ginasta comentou sobre o que enxerga para o futuro da delegação brasileira masculina para a ginástica:
“Está tendo uma renovação na ginástica, estão vindo atletas na nossa categoria. Teve agora o Campeonato Brasileiro adulto, são atletas novos, entre 20 e 25 anos, e com grande potencial. Eu gostei muito, estava arbitrando, então consegui analisar um pouquinho melhor. O nível de ginástica está muito bom. Estou gostando da evolução da ginástica masculina”, projetou.
Zanetti é um dos embaixadores dos Jogos da Juventude 2025. A etapa acontece em Brasília-DF e reúne mais de 4.000 atletas, consolidando-se como uma das principais edições da competição. As provas de ginástica acontecem no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. O ex-ginasta mencionou a importância dos Jogos da Juventude para os jovens atletas:
“Estou gostando muito, primeiro pela estrutura. Passei por alguns esportes e agora estou aqui (Parque da Cidade), no centro de convivência onde estão todos os atletas, as estruturas estão muito boas. Eu gosto muito de Brasília, então estou me sentindo em casa, então fico feliz”, elogiou Zanetti.
O Metrópoles é a casa dos Jogos da Juventude
A maior competição esportiva jovem do país está sendo transmitida pelo Metrópoles. A 17ª edição dos Jogos da Juventude começou na última quarta-feira (10/9) e vai até o dia 25 de setembro. Toda a competição está sendo exibida ao vivo e com imagens, gratuitamente, pelo canal do portal no YouTube.