Aliados de Davi Alcolumbre (União-AP) veem como remotas as chances de os atos do 7 de Setembro fazerem o presidente do Senado mudar de posição sobre o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
A avaliação dos aliados de Alcolumbre é de que, mesmo com os gritos nas manifestações, o senador seguirá irredutível em não abrir nenhum dos vários pedidos para derrubar o ministro do STF.
Silas Malafaia canta o hino nacional na Avenida Paulista
Danilo M. Yoshioka/Metrópoles
Silas Malafaia canta o hino nacional na Avenida Paulista
Danilo M. Yoshioka/Metrópoles
Valdemar da Costa Neto, Silas Malafaia e Tarcísio de Freitas conversam durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista
Sam Pancher/Metrópoles
Michelle Bolsonaro e Silas Malafaia em manifestação na Avenida Paulista
Valentina Moreira/Metrópoles
Alcolumbre, avaliam aliados, também não deve mudar de posição sobre a anistia a Jair Bolsonaro e aos demais envolvidos na trama golpista que estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal.
O senador já avisou que, no máximo, topa votar um projeto para reduzir as penas de quem participou do 8 de Janeiro, sem incluir o “núcleo crucial” do inquérito, no qual Bolsonaro está inserido.
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Sobre o impeachment, Alcolumbre já disse que não pautará nenhum dos pedidos contra Moraes, mesmo que os outros 80 senadores endossem publicamente o pedido contra o ministro do Supremo.
Cabeça de Alcolumbre
Já entre a bancada aliada de Bolsonaro no Senado, a visão é oposta. Senadores afirmam que Alcolumbre, ao rejeitar especialmente a anistia, se antecipou a um tema que deve ganhar força na Casa.
“A cabeça do presidente Davi Alcolumbre, nesse momento, é o que menos importa. Ele apenas reagiu ao que percebeu que estava acontecendo: será inevitável a aprovação da anistia. Então ele já reage fora do tempo, o assunto está na Câmara. Me parece que esse tema, pelas ruas, vai ganhando cada vez mais eco, mais apoio”, disse à coluna o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).
Proximidade com Lula
Embora não integre formalmente a base do governo, Alcolumbre é próximo a Lula. Ele tem influência direta em dois ministérios: Integração Nacional, com Waldez Góes, e Comunicações, com Frederico Siqueira.
Mesmo com o anúncio oficial de desembarque do União Brasil do governo, na semana passada, o presidente do Senado deve manter os dois aliados nos respectivos cargos na Esplanada.