Um farmacêutico e astrônomo amador Jefferson Mazzoni, de 33 anos, de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, fez registros da famosa Nebulosa “Cabeça de Cavalo”. Ele aproveitou o fim do inverno para fotografar uma das nuvens cósmicas mais famosas do espaço, durante a madrugada do domingo (21/9).
Ao Metrópoles, ele contou que começou as fotos por volta das 3h, quando a constelação de Órion surgiu e estava mais alta no horizonte. No total, foram duas horas de exposição, divididas em diversos frames de 60 segundos.
Nebulosa “Cabeça de Cavalo” fotografada por astrônomo de São José do Rio Preto
Acervo Pessoal/Jefferson Mazzoni
Para direcionar o equipamento, o astrônomo utiliza um computador conectado a um planetário virtual
Acervo Pessoal/Jefferson Mazzoni
A Nebulosa “Cabeça de Cavalo” está localizada a cerca de 1.300 anos-luz da Terra, na constelação de Orion
Divulgação/Nasa
O berçário de estrelas é um dos objetos mais fantásticos do céu noturno.
Divulgação/Nasa
A “crina do cavalo” é formada por gás e poeira
Divulgação/Nasa
A famosa nebulosa foi descoberta em 1888 pela astrônoma Williamina Fleming
Divulgação/Nasa
Fotografias da Nebulosa Cabeça de Cavalo feitas pelos telescópios Euclid, Hubble e Webb
Divulgação/Nasa
O astrônomo possui três telescópios. Para apontar o equipamento na direção correta, ele utiliza um computador conectado a um planetário virtual. As imagens são capturadas por meio de outro software.
“Eu, particularmente, gosto da constelação de Órion, acho a Nebulosa ‘Cabeça de Cavalo’ um dos objetos mais bonitos do céu noturno. Porém, por se tratar de uma Nebulosa escura, é um objeto muito tênue, geralmente, é preciso muitas horas de astrofotografia para se obter detalhes da nebulosa, principalmente dentro da cidade.”
Segundo Jefferson, a poluição luminosa é um dos grandes desafios. Na região de São José do Rio Preto, onde as imagens foram registradas, o nível de poluição luminosa é de 7 pontos na Escala de Bortle, que vai até 9. “Por ter fotografado a Nebulosa dentro da cidade e a apenas três quarteirões de uma das avenidas mais iluminadas e movimentadas da cidade, eu gostei da imagem. O filtro de poluição também me ajudou bastante nessa tarefa.”
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A Nebulosa “Cabeça de Cavalo” não foi o primeiro registro surpreendente do astrônomo. No dia 15 de setembro, ele fez imagens da Nebulosa da Águia, onde estão os famosos Pilares da Criação, eternizados em uma fotografia do telescópio espacial Hubble, em 1995. Já no sábado (20/9), ele fotografou o cometa C/2025 R2 (Swan), descoberto astrônomo independente da Ucrânia, em 11 de setembro de 2025.
Astrônomo também registrou Nebulosa da Águia
Acervo Pessoal/Jefferson Mazzoni
Na Nebulosa da Águia, estão os Pilares da Criação
Acervo Pessoal/Jefferson Mazzoni
No sábado (20/9), o alvo dos registros foi o cometa C/2025 R2 (Swan) ao lado do planeta Marte
Acervo Pessoal/Jefferson Mazzoni
O que é a Nebulosa “Cabeça de Cavalo”
- Uma nebulosa é uma nuvem gigante de poeira cósmica e gás localizada no espaço. A estrutura pode se formar a partir de explosões estelares.
- A região também pode ser considerado um “berçário” para a formação de novas estrelas.
- A Nebulosa “Cabeça de Cavalo” fica localizada a cerca de 1.300 anos-luz da Terra, na constelação de Órion.
- O descobrimento da Nebulosa “Cabeça de Cavalo” aconteceu em 1888 pela astrônoma Williamina Fleming.
- A nuvem cósmica deve desaparecer daqui a 5 milhões de anos.