A Gol, uma das três principais companhias aéreas do país, terá de adotar as medidas necessárias para que suas ações preferenciais sejam cotadas a um valor acima de R$ 1.
O prazo até o dia 29 de janeiro de 2026 foi estipulado pela Bolsa de Valores do Brasil (B3), de acordo com comunicado ao mercado divulgado pela própria Gol nesta terça-feira (30/9).
Segundo a companhia, apesar de o lote-padrão das ações preferenciais (GOLL54) estar sendo atualmente negociado a R$ 5,72, a cotação unitária está em patamar abaixo de R$ 1 – a chamada “penny stock”.
“A companhia manterá os acionistas e o mercado em geral devidamente informados a respeito, nos termos da legislação e regulamentação aplicável”, afirmou a Gol.
“Penny stocks”
As chamadas “penny stocks” são ações de empresas pequenas e com baixa capitalização de mercado, negociadas por preços muito baixos, como centavos.
Essas ações são consideradas de alto risco e alta volatilidade por causa da falta de liquidez e de informações financeiras limitadas das empresas emissoras, o que pode levar a perdas ou ganhos significativos e repentinos.
No Brasil, a B3 determina que uma ação seja considerada “penny stock” quando negociada abaixo de R$ 1 por pelo menos 30 pregões.
Em alguns casos, a empresa pode ser obrigada a fazer um grupamento de ações – a união de várias ações em uma única, para aumentar o preço nominal e atender aos requisitos estipulados pela Bolsa.
Sem fusão
Na semana passada, a Gol anunciou que encerrou as negociações para a fusão com a Azul. O documento com as informações foi publicado no site da companhia, na área de relações com investidores.
A decisão de encerrar as negociações para a fusão partiu da Abra Group Limited (Abra), controladora da Gol, que enviou uma comunicação a respeito do fato diretamente para a Azul.
Desde o início do ano, Gol e Azul vinham negociando uma possível fusão. Em janeiro, as companhias anunciaram um acordo para o início das tratativas.
Em junho deste ano, a Gol concluiu seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. No fim de maio, a Azul também entrou com um pedido de recuperação nos EUA, que deve ser concluído até o início de 2026.