A mulher presa por lucrar expondo fofocas e ameaçando moradores do município de Uberaba (MG) é Anielly Mariana Sousa Silva (foto em destaque), 21 anos.
Ela passou a ser investigada depois que a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) recebeu inúmeras denúncias realizadas por moradores, que monitoraram as publicações da mulher, acumularam provas e as levaram às autoridades.
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A polícia apurou que a jovem cobrava entre R$ 200 e R$ 500 via Pix para retirar as publicações da web — a prática se tornou sua principal fonte de renda.
A investigação durou 50 dias e analisou mais de 12 mil páginas de conteúdo digital. A operação, batizada de Maledicta Bocca (“Boca Maldita”, em latim), resultou na prisão preventiva de Anielly e no bloqueio das contas bancárias usadas para receber o dinheiro das extorsões. A página, batizada de “Leo_dias_cda”, foi suspensa por tempo indeterminado.
As fofocas
Capturas de tela dos posts foram divulgadas nos últimos dias. Em uma delas, alguém, sob anonimato, escreveu: “(Nome censurado), abre o olho amiga, seu marido te trai.”
Em outro print, um seguidor da página administrada por Anielly disse que “Todo mundo sabe que a (nome censurado) gosta mesmo é de homem casado”, expondo alguém.
Uma terceira captura de tela mostra uma cobrança. Na mensagem, alguém cita o nome de uma moradora do município e manda o recado: “Me paga, caloteira.”
A mulher foi presa pela Polícia Civil de MG
Divulgação/Polícia Civil
Segundo a polícia, ela não confirmava se as informações recebidas eram verdadeiras
Divulgação/Polícia Civil
Ela transformou o negócio na sua principal fonte de renda
Divulgação/Polícia Civil
Maledicta Bocca: jovem cria rede de fofocas e acaba presa por extorsão
Reprodução
Reincidente
Antes de iniciar sua atuação em Uberaba, Anielly já havia feito vítimas em outro município.
Segundo a polícia, a jovem já havia apanhado de moradores de Conceição das Alagoas — que supostamente também eram expostos por ela.
Após o episódio, ela sofreu ameaças e se mudou para Uberaba, onde o perfil ganhou ainda mais alcance.
Hoje, Anielly está presa na Penitenciária Professor Aloisio Inácio Oliveira, em Uberaba.
A Polícia Civil orienta que todas as pessoas que pagaram valores para remover postagens procurem a delegacia para registrar ocorrência.