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    Bolsa Família aumenta inserção de mães no mercado de trabalho

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    Mães beneficiárias do Bolsa Família apresentaram um crescimento de 7,4% no índice de empregos formais, em relação à média de antes de ingressarem no programa. Os impactos mais significativos são de mães de crianças entre 3 e 6 anos.

    É o que aponta um estudo do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), realizado pela Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad).

    Ainda segundo o levantamento, cerca de um terço das mulheres declarou não estar disponível para aceitar uma oferta de emprego, enquanto entre os homens esse percentual é de 10%. O principal motivo citado nas repostas foi a necessidade de cuidar do domicílio, citada por 20% das respondentes.

    O estudo do MDS mostra que o Bolsa Família diminui em 4,2% a probabilidade de mulheres estarem indisponíveis para um emprego formal, e que os efeitos em relação à entrada no mercado de trabalho são mais impactantes em áreas mais pobres e em áreas com mais gastos municipais em saúde e educação.

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    Relação entre o Bolsa Família e o estudo infantil

    Um dos pontos ressaltados na pesquisa é ligação entre a entrada das mães no mercado de trabalho e a matrícula escolar das crianças.

    Para receber o benefício, o programa exige que as crianças de 4 e 5 anos tenham uma frequência escolar mínima de 60%, e que as crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos alcancem frequência escolar de pelo menos 75%.

    Para crianças entre 3 e 6 anos, a cobertura educacional pública não é universal. Desta forma, o Bolsa Família tem funcionado como um apoio para as mães conciliarem responsabilidades de cuidado e oportunidades de trabalho.

    O estudo “Transferência de renda e participação feminina no mercado laboral: o caso do Programa Bolsa Família” está publicado na 40ª edição do Caderno de Estudos, série de publicações do MDS para divulgar pesquisas e avaliações sobre programas sociais do governo.