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    Bolsas da Europa caem com inflação na Alemanha e crise na França

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    Os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira (12/9), no último pregão da semana, à espera da revisão da nota de crédito da França pela Fitch – uma das três principais agências de classificação de risco do mundo.

    A exceção positiva do dia foi justamente a Bolsa de Valores de Paris, que terminou o pregão no azul.

    Os investidores também repercutiram os dados de inflação na Alemanha e o desempenho da economia do Reino Unido.

    O que aconteceu

    • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, fechou em leve queda de 0,09%, aos 554 pontos.
    • Na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, o índice DAX recuou 0,02%, aos 23,6 mil pontos.
    • Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou o pregão com perdas de 0,15%, aos 9,2 mil pontos.
    • Em Madri, o Ibex 35 caiu 0,08%, aos 15,3 mil pontos.
    • Por outro lado, o CAC 40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 0,02%, aos 7,8 mil pontos, praticamente estável.

    Crise política na França

    Apesar do bom resultado da Bolsa de Paris, o mercado segue apreensivo em relação aos desdobramentos da crise política na França. Os investidores ainda digerem a posse do novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, em meio a uma onda de protestos contra o governo do presidente Emmanuel Macron.

    Lecornu tem de enviar ao Congresso, até o dia 7 de outubro, um projeto com o orçamento de 2026.

    A revisão da nota de crédito da França pela Fitch deve ser divulgada ainda nesta sexta-feira. Parte dos analistas do mercado espera que haja um rebaixamento.

    As agências de classificação de risco são empresas privadas que avaliam a saúde financeira de países e de outras empresas. Com base em critérios como juros, dívida, capacidade fiscal e outros, as agências concedem uma nota de crédito.

    Além da Fitch, a S&P e a Moody’s completam a lista das principais agências de risco no mercado global. As três foram fundadas ainda no início do século passado e têm sede em Nova York, nos EUA (a Fitch tem sede dupla, em Nova York e em Londres, na Inglaterra).

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    PIB do Reino Unido e inflação na Alemanha

    Outro destaque do noticiário econômico europeu é o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, que ficou estagnado em julho deste ano (variação de 0%), na comparação mensal, depois de ter avançado 0,4% em junho.

    Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB do Reino Unido teve alta de 1,4%. O desempenho da economia britânica veio em linha com as estimativas do mercado.

    Na maior economia do continente, a Alemanha, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação oficial do país, ficou em 2,2% em agosto, na base anual, ligeiramente acima das projeções do mercado. No mês anterior, a inflação foi de 2%.

    Em relação ao mês anterior, a inflação alemã ficou em 0,1%, dentro das expectativas dos analistas.