Lideranças bolsonaristas do Congresso reagiram, nesta quarta-feira (3/9), à promessa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de apresentar e votar um “texto alternativo” ao da Câmara sobre a anistia ao 8 de Janeiro.
Parlamentares bolsonaristas — que articularam durante o fim de semana a adesão de partidos do Centrão à proposta, como o União Brasil de Alcolumbre, — dizem ter sido pegos de surpresa com o anúncio do presidente do Senado.
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Presidente do Senado, Davi Alcolumbre
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, com Flávio Bolsonaro ao lado
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“Ele pode falar o que ele quiser. Vamos votar na Câmara. Aí eu quero ver ele segurar”, disse à coluna o líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).
Líder da oposição no Senado e ex-ministro de Jair Bolsonaro, o senador Rogério Marinho (PL-RN), também reagiu. À coluna, Marinho disse não ter sido consultado por Alcolumbre sobre o tema e ressaltou que a anistia tem de ser “ampla, geral e irrestrita”.
“Anistia é ampla, geral e irrestrita. Vamos a voto”, afirmou o senador do PL.
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A “anistia alternativa” de Alcolumbre
Ao deixar o Senado na noite de terça-feira (2/9), Alcolumbre disse ao jornais Folha de S. Paulo e Valor Econômico que apresentará um texto próprio sobre a anistia. Segundo ele, o texto trará a diferenciação entre organizadores e participantes do 8 de Janeiro.
“Eu vou votar o texto alternativo, é isso que eu quero votar no Senado. Eu vou fazer esse texto, eu vou apresentar”, disse o presidente do Senado.
A fala de Alcolumbre foi vista como uma reação à reunião de líderes da Câmara da terça-feira. No encontro, siglas do Centrão, como PP e União Brasil, se juntaram ao PL e defenderam a votação da anistia após o fim do julgamento de Jair Bolsonaro no STF.