A 1ª Comissão Disciplinar (CD) do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julga, nesta quinta-feira (3/9), a denúncia da Procuradoria da Corte contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por manipulação de resultado.
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O jogador está sendo julgado por supostamente tomar um cartão amarelo propositalmente na partida realizada em Brasília contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023, para beneficiar os postadores.
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Bruno Henrique acompanha o julgamento no STJD por videoconferência.
Manipulação de resultado
- Em 1º de agosto de 2025, a Procuradoria do STJD denunciou Bruno Henrique e mais quatro pessoas por manipulação de resultados envolvendo apostas esportivas.
- Caso seja condenado, Bruno Henrique pode receber até dois anos de suspensão, além de 24 partidas de suspensão e multa de até R$ 200 mil.
- Além de Bruno Henrique, a Procuradoria denunciou mais quatro atletas amadores: o irmão do jogador do Flamengo, Wander Nunes Pinto Junior, além de Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos (todos amigos de Wander).
Na denúncia, o STJD apontou que o atacante do Flamengo reforçou um “acordo” com apostadores às vésperas da partida contra o Santos, em 31/10/2023.
Segundo o órgão, o jogador teria enviado uma mensagem ao irmão reiterando que cumpriria a promessa de receber um cartão amarelo durante o jogo.
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Bruno Henrique e Luiz Araujo são desfalques para o jogo
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Jogador Bruno Henrique
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Bruno Henrique do Flamengo leva cartão amarelo
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Bruno Henrique é jogador
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Bruno Henrique comemora com colegas
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Jogador Bruno Henrique durante jogo
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Bruno Henrique é atleta do Flamengo
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Jogador Bruno Henrique
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O atacante do Flamengo foi denunciado pelo STJD com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Veja artigos em que Bruno Henrique foi enquadrado:
- Artigo 243: Atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende. § 1º Se a infração for cometida mediante pagamento ou promessa de qualquer vantagem, a pena será de suspensão de trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias e eliminação no caso de reincidência, além de multa, de R$ 100 a R$ 100 mil.
- Artigo 243-A: Atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente. Pena: multa, de R$ 100 a R$ 100 mil reais), e suspensão de seis a doze partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, ou pelo prazo de cento e oitenta a trezentos e sessenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa. natural submetida a este Código; no caso de reincidência, a pena será de eliminação.
A Procuradoria ainda pede que as penas sejam aplicadas na forma do artigo 184 do CBJD, no qual autoriza a aplicação cumulativa das punições previstas nos dois artigos denunciados.
“Caso os julgadores não entendam pelo enquadramento nos artigos 243 e 243-A, a Procuradoria pede, subsidiariamente, a aplicação do artigo 191, inciso III, pelo descumprimento do artigo 65 do Regulamento Geral de Competições da CBF, que tem como objetivo evitar a manipulação de resultados de partidas”, destaca a Procuradoria do STJD.
Numa eventual condenação da Corte desportiva, a defesa de Bruno Henrique ainda pode recorrer. Os advogados podem entrar com um recurso no plenário do STJD, pedindo um efeito suspensivo.
Flamengo
Ao Metrópoles, interlocutores do rubro-negro analisam que o caso do meio campista do West Ham e da seleção brasileira, Lucas Paquetá, abre um grande precedente para o processo de Bruno Henrique.
Paquetá foi inocentado no caso de manipulação e envolvimento em apostas esportivas. O julgamento de meio campista foi concluído no dia 4 de junho. A Federação Inglesa (FA) pedia o banimento do meia brasileiro. No entanto, a Comissão Reguladora considerou que as acusações da entidade não foram comprovadas durante a tramitação do processo.
Em maio de 2024, Lucas Paquetá foi denunciado por má conduta com relação a apostas esportivas em quatro jogos. Mais precisamente, o brasileiro foi acusado de ter forçado cartão amarelo, assim como Bruno Henrique.
“Para as pessoas entenderem que esse linchamento que vem antes da investigação de tudo, às vezes é injusto. Mas o Flamengo está tratando isso focado no campo, deixando ele à vontade. Ele tá super bem de cabeça. É um cara muito do bem, puro”, afirmou o interlocutor do Flamengo ao Metrópoles.
No entendimento do clube carioca, caso haja uma punição a Bruno Henrique, ele seria vítima na situação. “Ele é um cara muito do bem. Assim, o que tá se fazendo, ele não demonstra nenhum problema, ele tá em paz ali. É muito querido pelos jogadores, muito querido pela torcida”, afirmou.
Líder do Campeonato Brasileiro e classificado para as quartas de final da Copa Libertadores, o Flamengo está se blindando sobre o tema, no qual o atacante segue como prioridade dentro da equipe. “Ele é o capitão do Flamengo. E é isso. Não tem muito o que fazer, não (…) Tá tudo em paz, A gente está tentando manter a tentando e conseguindo manter a rotina normalmente”.