A moda nunca esteve completamente distante da praticidade, visto que sua função primordial é clara: vestir o ser humano. A designer Virginia Barros, contudo, deu um passo a mais e lançou o VB InnoVec, um calçado com repelente, que protege a pessoa que o veste de mosquitos e outros insetos.
Vem entender!
A mineira Virginia Barros apresentou, no evento Interfashion, em Brasília, um calçado que dá nova abordagem à proteção contra insetos, especialmente mosquitos. O produto incorpora a tecnologia Repeltex, um repelente espacial desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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A tecnologia é fruto da pesquisa de uma equipe liderada pelo professor Álvaro Eiras, da universidade mineira. Diferente dos repelentes tradicionais, que são aplicados diretamente na pele e protegem apenas a área coberta, o repelente espacial cria uma nuvem protetora de até quatro metros em torno da pessoa. Essa nuvem não só resguarda o usuário, mas também outras pessoas em seu entorno.
Outro ponto de destaque da tecnologia é sua durabilidade. De acordo com a criadora, enquanto os repelentes comuns duram cerca de duas horas, o presente no calçado oferece proteção por 24 horas e pode se estender por até quatro meses após a sua ativação.
“Já produzi um sapato 100% biodegradável, que pode ser enterrado para retornar à natureza. Dessa vez, fui atrás de algo que impactasse diretamente na saúde pública e na vida do cliente”, compartilha a designer.
A ideia do calçado-repelente
Para o design do calçado, Virginia Barros buscou um modelo que fosse fácil de produzir em grande escala e que tivesse uma aceitação estética ampla, considerando o objetivo de saúde pública do produto. Ela combinou a praticidade do mocassim, um dos sapatos mais usados no mundo, com elementos da alpargata.
“Eu precisava fazer um sapato que fosse prático de produzir, porque nossa ideia é escalar a produção. Então, ele precisava ser fácil de costurar, gostoso de usar, e que a maioria das pessoas já tivesse uma ideia de sua estética, para que não fosse algo totalmente novo”, explica Virginia à coluna.
A longevidade do produto é garantida por uma embalagem especial: cada sapato virá dentro de um casulo de material biodegradável e bioplástico, que remete à forma de uma pupa de inseto. O repelente só começa a exalar e a contar o tempo de quatro meses a partir do momento em que o consumidor abre essa embalagem.
Para futuras aplicações, cada calçado terá um QR Code que permitirá ao cliente adquirir um refil do repelente. O processo de aplicação do repelente no tecido do calçado, chamado impregnação, é realizado em uma indústria especializada antes da montagem final do sapato.