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Cansaço pode ter contribuído para queda de avião da Voepass, diz MTE

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Cansaço pode ter contribuído para queda de avião da Voepass, diz MTE

Uma auditoria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concluiu que o cansaço da tripulação pode ter contribuído para o acidente que causou a morte das 62 pessoas a bordo do voo 2283 em Vinhedo, no interior de São Paulo, em agosto de 2024. Detalhes do relatório foram divulgados nesta terça-feira (16/9).

O MPT analisou as escalas de trabalho do comandante e do copiloto desde 1º de maio de 2024 até a data do acidente, em 9 de agosto do ano passado. Registros de check-in e check-out em hotéis também foram verificados para confirmar os períodos de descanso da tripulação.

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Modelo do avião era um ATR-72

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Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo

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Destroços de avião

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Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)

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Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda

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Tragédia em Vinhedo: 62 pessoas que estavam a bordo de avião morreram

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Imagens do avião que caiu em Vinhedo (SP)

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Avião caiu dentro de terreno vazio de um condomínio em Vinhedo

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Ninguém sobreviveu

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O avião com 62 pessoas caiu em 9 de agosto deste ano. Ninguém sobreviveu

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Avião caiu dentro de condomínio

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A partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo

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Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda

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Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura

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A queda foi de aproximadamente 4 mil metros

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Trajeto de avião que caiu em Vinhedo, SP

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O relatório preliminar sobre o caso deve ficar pronto em 30 dias

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Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)

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Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo

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Avião com 62 pessoas caiu em SP

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Avião caiu dentro de condomínio

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Não houve sobreviventes

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A queda foi de aproximadamente 4 mil metros

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A queda durou 1 minuto

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Avião perdeu altitude de forma repentina, segundo investigadores

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Copiloto perguntou o que estava acontecendo antes da queda

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Avião ficou totalmente destruído

Reprodução/TV Globo

A auditoria concluiu que a companhia aérea Voepass montou escalas que reduziram o tempo de descanso dos profissionais. Essa alteração, segundo o MPT, pode ter causado cansaço em um nível capaz de prejudicar a concentração e o tempo de reação dos profissionais. Esse fator, somado a outras possíveis causas, pode ter contribuído para o acidente.

Entre os problemas identificados, estão a falta de controle efetivo da jornada da tripulação, o descumprimento da Lei dos Aeronautas quanto aos limites de jornada e períodos mínimos de descanso, além de violação de cláusula da Convenção Coletiva voltada à prevenção da fadiga. A pasta ainda destaca que a Voepass recebeu 10 autos de infração e pode ser multada em cerca de R$ 730 mil por causa das infrações.

Investigação na FAB

O voo

O avião matrícula PS-VPB da empresa Voepass saiu do Aeroporto Coronel Adalberto Mendes da Silva, em Cascavel, no Paraná, às 11h58, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

A aeronave era comandada pelo piloto Danilo Romano, de 35 anos, e pelo copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva, de 61 anos. A tripulação contava ainda com as comissárias de bordo Debora Soper Avila, 28, e Rubia Silva de Lima, 41.

 

Os 58 passageiros tinham comprado as passagens pela Latam, que comercializava os voos da Voepass. Segundo as famílias, alguns deles não sabiam que viajariam pela Voepass.

O voo transcorreu aparentemente sem problemas até pouco antes da queda. Três minutos antes do acidente, os pilotos avisaram a torre de comando, em São Paulo, que estavam no ponto ideal para descer rumo ao aeroporto em Guarulhos.

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Às 13h21, no entanto, o avião começa a perder altitude repentinamente. Um minuto depois, a aeronave caiu, em Vinhedo, no interior paulista.

Documentário

A queda do avião PS-VPB da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo, completou um ano em agosto de 2025. O acidente aéreo entrou para a história do país como um dos mais fatais da aviação brasileira, com 62 mortos, entre tripulantes e passageiros.

Doze meses depois do acidente, a maior parte das famílias das vítimas aderiu aos acordos de indenização mediados com a ajuda das Defensorias e Ministérios Públicos de São Paulo e Paraná, e já recebeu os valores. As investigações sobre o que pode ter causado a queda do voo 2283, no entanto, avançam a passos mais lentos e não têm prazo para terminar.

O Metrópoles mergulhou nas informações sobre o caso, entrevistou familiares, e apurou o que aconteceu desde o acidente até agora. O resultado deste trabalho você pode conferir no minidocumentário “A história do voo 2283”.

Acompanhe:

 

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