MAIS

    Cid pede a Moraes devolução de passaporte e retirada de tornozeleira

    Por

    O ex-ajudante de ordens Mauro Cid pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a devolução de seus passaportes, a retirada da tornozeleira eletrônica e a extinção da pena de 2 anos imposta pela Corte.

    Os advogados do ex-braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que, considerando a pena de 2 anos de prisão em regime aberto, imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da trama golpista, não há necessidade de cumprimento. Segundo a defesa, o período em que Mauro Cid esteve submetido a medidas cautelares já seria suficiente para extinguir a pena.

    “Considerando a pena imposta foi de dois anos, e que, Mauro Cid está com restrição de liberdade havidos mais de dois anos e quatro meses, entre prisão preventiva e as cautelares diversas da prisão – desde maio de 2023, extinto está, fora de toda dúvida, o cumprimento da pena fruto da condenação que lhe foi imposta por essa Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Penal 2668/DF”, afirmou a defesa.

    Os advogados também ressaltaram que o período em que Cid cumpriu medidas cautelares deve ser computado na detração da pena, já que ele esteve sujeito a recolhimento domiciliar à noite e nos finais de semana, além de precisar de autorização para deixar Brasília.

    “Para além disso, o julgamento do mérito já ocorreu, e ainda que sem transito em julgado, certo é, que não assiste razão para que as cautelares diversas da prisão alhures deferidas continuem em vigência”, sustentaram.

    Com isso, a defesa pediu ao ministro Alexandre de Moraes a revogação das cautelares, a restituição de todos os itens apreendidos, a devolução dos passaportes e a extinção da punibilidade de Cid.

    6 imagensMauro Cid O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (9/6) os interrogatórios dos réus acusados de tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poderMauro Cid delata Bolsonaro a MoraesFechar modal.1 de 6

    Mauro Cid

    Reprodução/TV Justiça2 de 6

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES
    @kebecfotografo3 de 6

    Mauro Cid

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 6

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES
    @kebecfotografo5 de 6

    O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (9/6) os interrogatórios dos réus acusados de tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES
    @kebecfotografo6 de 6

    Mauro Cid delata Bolsonaro a Moraes

    Reprodução

    Sem segurança

    O ex-ajudante de ordens afirmou ainda que, embora o acordo de delação premiada preveja proteção por ter detalhado e auxiliado nas investigações, não deseja proteção da Polícia Federal (PF). Ressaltou, porém, que poderá voltar à Corte para pedir medidas de segurança, caso considere necessário.

    Cid pretende morar nos Estados Unidos com a família, conforme o Metrópoles mostrou. Antes da sentença, proferida na noite dessa quinta-feira (11/9) contra ele, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o próprio ex-chefe do Palácio do Planalto, Cid já confiava que, com uma pena baixa, o plano de se mudar para os EUA permaneceria de pé. E foi o que aconteceu.