O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), vestiu uma armadura medieval para criticar a PEC da Blindagem em um vídeo postado nas redes sociais. Após passar pela Câmara dos Deputados, o projeto foi rejeitado de forma unânime pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (24/9) . Agora, a proposta pode seguir para um arquivamento definitivo.
No vídeo, o governador alfineta a proposta e afirma que a aprovação do texto “travaria” a investigação contra políticos corruptos. Ainda na gravação, Zema chama o projeto de “PEC da Vagabundagem”.
Leia também
-
Enterrada, PEC da Blindagem dava foro até para presidentes de partidos
-
O que acontece agora com a PEC da Blindagem?
-
Na votação da PEC da Blindagem, Flávio Bolsonaro ataca Moraes
-
Moro recua e retira emenda proposta para salvar a PEC da Blindagem
Em suma, a proposta blinda os parlamentares de investigações criminais enquanto não houver autorização do próprio Congresso, salvo em casos de crime inafiançável ou em flagrante, sem licença prévia da respectiva Casa.
Na proposta original, deputados e senadores são “invioláveis por sua opiniões, palavras e votos”. O substitutivo diz que os congressistas são invioláveis “civil e penalmente” por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, cabendo, exclusivamente, a responsabilização ético-disciplinar por procedimento incompatível com o decoro parlamentar.
Manifestações
Milhares de pessoas lotaram as ruas de cidades como Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo para protestar contra a PEC da Blindagem, aprovada em 16 de setembro, na Câmara dos Deputados.
O Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common, calculou em 42,4 mil pessoas o público da manifestação na Avenida Paulista.