A direita americana parece ter aumentado sua influência na grande mídia americana nas últimas semanas, especialmente nos noticiários televisivos, que têm sido um dos principais alvos do governo Donald Trump.
A CBS News — que já foi o lar de lendas do jornalismo dos EUA como Walter Cronkite e Edward R Murrow — nomeou um aliado de Trump como seu ombudsman, semanas depois que a família de Larry Ellison , um dos homens mais ricos do mundo e amigo do presidente dos EUA, selou o controle da Paramount, dona da CBS.
Agora, a Paramount está supostamente querendo comprar a Warner Bros Discovery, a gigante da mídia por trás da CNN, o que potencialmente colocaria a influente rede de notícias sob o teto de um conglomerado cada vez mais favorável a Trump.
Ao mesmo tempo, uma antiga rixa familiar entre Rupert Murdoch e seus filhos foi resolvida com um acordo que garantirá que a Fox News — e outros poderosos veículos de mídia administrados pela família — manterão sua tendência conservadora.
As medidas aprofundaram as preocupações entre muitos críticos da mídia dos EUA e observadores do autoritarismo de que a liberdade de imprensa nos EUA estava capitulando às tendências autoritárias de direita do governo Trump.
[…]
De uma perspectiva puramente econômica, levar um negócio de notícias para a direita pode fazer algum sentido econômico. As ações da Fox Corporation, controlada por Murdoch e dona do canal de notícias de direita Fox News, subiram mais de 40% desde a reeleição de Trump.
A Fox News conquistou 63% do total de telespectadores de notícias diárias a cabo e 65% dos consumidores do horário nobre em agosto, enquanto a CNN e a MSNBC perderam metade de sua audiência em ambas as métricas em comparação com o ano anterior.
(Trecho de análise publicada no jornal inglês The Guardian)