Nas Forças Armadas, a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi recebida com constrangimento e vergonha. Militares voltaram a se questionar não apenas sobre o apoio à sua candidatura à Presidência da República, mas também sobre a decisão de embarcar em seu governo.
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Além de Bolsonaro, outros cinco militares foram condenados hoje pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado e por atentar contra o Estado Democrático de Direito.
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil
A jornalista Monica Gugliano, referência na cobertura de temas militares, afirmou ao Contexto Metrópoles que Bolsonaro se tornou uma “desgraça” para os oficias, causando danos irreparáveis à imagem das Forças Armadas.
STM insiste em custodiar militares condenados
Gugliano também relatou ao Contexto Metrópoles que ministros do Superior Tribunal Militar (STM) não pretendem abrir mão de custodiar os militares condenados.
A perda de patente não é uma atribuição direta do STM. No entanto, é o tribunal que pode abrir caminho para isso, ao declarar o militar indigno de permanecer na carreira. A partir dessa condenação, cabe ao comandante da Força respectiva decretar oficialmente a perda da patente.
Os militares que estão sendo julgados atualmente ainda garantirão pensão às esposas. No entanto, segundo Gugliano, já existe um acordo para que esse direito seja revisto e, futuramente, deixará de ser concedido nesses casos.