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Corpo de ex-delegado-geral executado no litoral é enterrado em SP

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Corpo de ex-delegado-geral executado no litoral é enterrado em SP

O corpo do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, executado na noite dessa segunda-feira (15/9), foi enterrado nesta terça-feira (16/9) no Cemitério da Paz, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo.

Em uma cerimônia restrita, colegas de trabalho e autoridades do alto escalão da polícia se despediram do colega. Entre aqueles que estiveram no enterro estão, o secretário da segurança pública Guilherme Derrite, o secretaria adjunto de segurança Osvaldo Nico, o delegado geral de policia em São Paulo Artur Dian.

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Cemitério da Paz no Morumbi, onde o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi enterrado

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Cemitério da Paz no Morumbi, onde o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi enterrado

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Cemitério da Paz no Morumbi, onde o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi enterrado

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Cemitério da Paz no Morumbi, onde o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi enterrado

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O velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

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O velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

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O velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

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O velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

Valentina Moreira/Metrópoles

Um policial ouvido pela reportagem no enterro afirmou que trabalhou com Ruy Ferraz por 25 anos e definiu o amigo como um “delegado extremamente profissional”.

O enterro do ex-delegado-geral contou com helicópteros da Polícia Civil cercando o espaço aéreo do cemitério e teve entrada da imprensa liberada já na parte final. Soldados do Dope e do Garra também estiveram no local.

Vídeos mostram como foi o crime

Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em um ataque com mais de 20 tiros na Vila Mirim, na Praia Grande, na noite dessa segunda-feira (15/9). Câmeras de segurança registraram o carro do ex-delegado sendo perseguido até colidir contra um ônibus. Na sequência, os criminosos descem do veículo de trás e começam a atirar.

O carro usado na execução, uma Toyota Hilux SW4 preta, foi incendiado. Uma Renegade, que teria sido utilizada na fuga, foi encontrada intacta. Os dois veículos teriam sido roubados na capital paulista. Até o momento, dois suspeitos teriam sido identificados, segundo o secretário da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite.

A reportagem apurou que a identificação teria sido feita a partir de vestígios deixados nos carros usados pelos criminosos. “Os dois estavam na cena do crime”, afirma uma autoridade policial ouvida pela reportagem.

O que a polícia já sabe sobre a execução

Quase 24 horas depois da execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, a polícia usa imagens de câmeras de segurança para estabelecer a dinâmica do crime e afirma já ter dois suspeitos identificados.

Um vídeo obtido pelo Metrópoles mostra o momento em que os criminosos deram início à emboscada que resultou na morte do ex-delegado. Eles estacionaram um carro em uma rua próxima da Prefeitura de Praia Grande , onde a vítima trabalhava como titular da Secretaria de Administração, às 18h02.

Veja o vídeo:

Após 14 minutos, o veículo de Ruy Fontes aparece na gravação, passa ao lado dos criminosos e é alvo de tiros. Ruy tenta fugir, mas é perseguido, bate o carro em um ônibus após cerca de 2,5 km e é executado.

Outras duas pessoas que estavam próximas do local do ataque ficaram feridas durante a ocorrência, segundo a prefeitura municipal. As vítimas foram transferidas para o Hospital Municipal Irmã Dulce. Uma mulher ficou com ferimentos leves e um homem segue internado para atendimento médico, sem maiores riscos.

Nenhuma linha de investigação é descartada

Autoridades da SSP não descartam a participação de agentes públicos na execução de Ferraz. Além de ter sido inimigo número 1 do PCC quando atuava como delegado, Ruy Ferraz tinha inimizades dentro da polícia e trabalhava como secretário de Administração em Praia Grande, onde pode ter contrariado interesses locais. Oficialmente, nenhuma hipótese é descartada pela cúpula da SSP.

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de São Paulo

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Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de SP

Divulgação/Polícia Civil de SP

A suspeita sobre a possibilidade de envolvimento de agentes públicos no crime brutal surgiu após análise dos vídeos que flagraram o atentado. As imagens mostram uma ação coordenada dos quatro executores, com sinais de conhecimento operacional. Ao todo, mais de 20 tiros foram disparados na ação. Ruy Ferraz morreu na hora. Outras duas pessoas que estavam próximas ao local foram atingidas na perna e não correm risco de morrer.

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Na gravação captada por uma câmera de segurança na Avenida Roberto de Almeida Vinhas, na Vila Mirim, o ex-delegado aparece sendo perseguido, até bater seu carro contra um ônibus e capotar. Nesse momento, três criminosos encapuzados desembarcam do carro de trás. Dois começam a atirar enquanto o terceiro faz uma espécie de contenção. Na sequência, eles retornam ao veículo e deixam o local.

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A execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

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O velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes

Valentina Moreira/Metrópoles

Internamente na Polícia Civil, a ação tem sido comparada à execução do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, inimigo do PCC morto com 10 tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. De acordo com as investigações, três policiais militares teriam sido contratados pela facção para executar o crime.

Autoridades ligadas à investigação afirmam ser prematuro chegar a qualquer conclusão, e dizem que não se pode descartar nenhuma hipótese.

Possível vingança

Entre as linhas de investigação sobre o mando do crime, a força-tarefa acredita em uma possível vingança do PCC. Ruy Ferraz foi o primeiro delegado a investigar a facção no estado, no começo dos anos 2000, e atuou na transferência algumas das principais lideranças para presídios federais de segurança máxima, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Além disso, também é considerada a hipótese de que o crime esteja relacionado com a atual função de Ruy Ferraz, que ocupava o cargo de Secretário de Administração de Praia Grande. Nesse caso, o envolvimento de agentes públicos e do PCC também não é descartado.

Quem era Ruy Ferraz

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