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    CPMI: “Careca do INSS” decide não depor, e reunião é cancelada

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    A reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) marcada para esta segunda-feira (15/9) está cancelada. O investigado Antônio Carlos Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, comunicou nesta manhã, por meio da defesa, que não comparecerá à comissão. Ele está preso desde sexta-feira (15/9).

    A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) havia facultado a presença do investigado, cabendo a ele optar por comparecer ou não.

    Em nota, o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), classificou a decisão do “Careca do INSS” como “lamentável”. “Perdemos a oportunidade de ouvir hoje um dos principais investigados no escândalo que desviou recursos dos aposentados. É lamentável, mas a comissão seguirá trabalhando para que a verdade venha à tona e os culpados sejam responsabilizados”, declarou.

    Fraudes do INSS

    O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

    As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.