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Defesa mostra ao STF anotação de Heleno sobre vacinação de Bolsonaro

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Defesa mostra ao STF anotação de Heleno sobre vacinação de Bolsonaro

A defesa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno afirmou, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que o militar tinha divergências com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a vacina.

Matheus Mayer Milanez, advogado de Heleno, apresentou no segundo dia do julgamento da trama golpista uma anotação do general em que registrava a “divergência” entre os dois. O defensor, porém, não especificou a qual vacina se referia.

Veja:

“Coloco aqui uma pequena divergência entre o general Heleno e o presidente Bolsonaro: para o general, o presidente tinha de se vacinar. Isso estava em sua caderneta pessoal, era um pensamento do próprio general. E, aqui, o Ministério Público tenta construir um discurso de que o general seria um grande aconselhador”, disse o advogado, salientando que havia um afastamento entre Bolsonaro e o general.

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O presidente Jair Bolsonaro e o general Augusto Heleno

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Advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez

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Advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez

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Advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez durante atuação no segundo dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete aliados, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF

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Advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez

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Alegações finais

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o general Heleno atuou junto a Alexandre Ramagem na preparação de uma narrativa difundida por Bolsonaro em pronunciamentos políticos, além de ter anuído a espionagens ilegais em benefício do então presidente.

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Gonet salientou que, mesmo após a derrota nas eleições de 2022, Heleno continuou integrando uma estrutura da organização criminosa em prol de um golpe de Estado.

“As anotações e falas públicas de Augusto Heleno, ao longo do governo Bolsonaro, não deixam dúvidas de sua inclinação a ideias que desafiam a harmonia institucional e promovem o acirramento entre os Poderes. Mais do que simples abstrações, comprovou-se que Augusto Heleno efetivamente direcionou o aparato estatal em torno de suas concepções antidemocráticas”, escreveu Gonet.

O procurador citou documentos localizados na casa do general que revelam sua contribuição para o discurso golpista. Entre eles, estavam anotações manuscritas em uma agenda com indícios de planejamento prévio da organização criminosa. Gonet também mencionou declarações públicas de Heleno alinhadas à tentativa de golpe — especialmente quando ele prestou depoimento na CPMI do 8 de Janeiro e afirmou que “ladrão não sobe a rampa”.

“A frase, dita publicamente, revela a inconsequência, a certeza da impunidade e a ausência de qualquer arrependimento por parte do acusado, mesmo após o cenário de destruição provocado no País. Subsistiu demonstrado que o réu tinha pleno domínio sobre as ações ilícitas do grupo e envidou esforços para impedir a transição democrática de poder, razão pela qual deve responder pelos crimes que lhe são imputados na denúncia”, disse o procurador.

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 Confira os réus do núcleo crucial

Os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Exceto Alexandre Ramagem, que só responde por três crimes, pois devido a uma decisão do STF, após pedido da Câmara dos Deputados, dois crimes foram sustados da análise. Ramagem responde por organização criminosa; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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