Uma confusão generalizada provocada por uma fala do deputado distrital Chico Vigilante (PT), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), precisou ser contida por policiais legislativos na tarde desta terça-feira (9/9).
Leia também
-
Novo presidente do PT-DF toma posse do cargo em cerimônia na CLDF
-
Ibaneis envia à CLDF pedido de recondução do presidente da Adasa
-
Presidente da CLDF pede apoio à bancada do PT por reajuste da PCDF
-
CLDF encaminha pedido de suspensão de Daniel Donizet à corregedoria
Na ocasião, o parlamentar discursava sobre seu posicionamento contrário à aprovação do Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI) da CLDF, quando uma servidora passou a gritar da galeria da casa insultando Vigilante.
Veja:
O PAI é uma iniciativa da CLDF que oferece benefícios financeiros e indenizações aos servidores para incentivá-los a se aposentarem voluntariamente, com o objetivo de renovar o quadro de pessoal e abrir vagas para novos concursos públicos
No momento em que foi ofendido, Chico dizia que o PAI é um programa redigido com “boa intenção”, apesar de “problemático”.
“[…] Na contramão do incentivo à permanência [no serviço público], o plano incentiva financeiramente que o servidor se desligue. Essa campanha que está sendo feita, que do meu ponto de vista é imoral, quer pagar até R$ 1.3 milhão para o servidor se aposentar. Isso é mamata, inaceitável e imoral”, declarou.
No mesmo instante, um pequeno grupo de apoiadores ao plano passou a vaiar o deputado. Dentre eles, se destacou uma mulher, servidora da CLDF, que, escorada em um vidro da galeria, gritou repetidamente chamando o deputado de mentiroso.
Estudantes na galeria
Nesta terça-feira (9/9), o Plenário da Casa recebeu visita de estudantes de uma escola pública como parte do programa “Conhecendo o Parlamento”. Sem saber de fato o que estava acontecendo, os menores passaram a gritar em apoio à servidora que estava proferindo as ofensas.
Após fim da fala, Chico Vigilante se retirou do púlpito e retornou a sua cadeira. Nesse momento, o presidente da CLDF, o deputado Wellington Luiz (MDB), pediu que a servidora e demais presentes na sessão se acalmassem.
Diante da negativa, o presidente solicitou a intervenção de policiais legislativos para conter a desordem que se instalou na galeria da Casa – espaço destinado a quem deseja acompanhar as votações.
Em apoio ao deputado, outros parlamentares repudiaram os ataques e se solidarizaram com Chico Vigilante. “Não é necessário dizer que eu tenho divergências profundas com o deputado Chico, mas o que eu presenciei aqui agora foi muito desrespeitoso com o deputado”, disse Thiago Manzoni (PL).
“Não conheço a servidora que está ali em cima, mas me senti ofendido por ele [Chico]. Ela incitou os alunos da escola que estavam aqui a chamar o deputado de mentiroso. Isso não pode acontecer, presidente”, declarou Manzoni.