Parlamentares do PDT relataram incômodo com a postura do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, em relação à PEC da Blindagem, que amplia a proteção de parlamentares contra investigações e processos criminais e civis.
Nas redes sociais, Lupi divulgou nota oficial informando que a sigla sigla é “contra privilégios de qualquer origem” e que a PEC “não protege prerrogativas legítimas”. Mas, em conversas internas no grupo de WhatsApp “Bancada PDT Câmara 2024”, a orientação repassada aos deputados foi pelo voto “sim” em favor da proposta.
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Grupo de WhatsApp “Bancada PDT Câmara 2024”
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Nota oficial do PDT assinada pelo presidente nacional da sigla, Carlos Lupi
Mensagens obtidas pela coluna mostram orientações de votação durante a sessão da Câmara. Às 20h37, um assessor escreveu: “Iniciada votação nominal da PEC 3/2021 em 1º turno. Orientação: Voto Sim”. Às 23h04, outra mensagem reforça a mesma diretriz.
A divergência entre a posição pública e a orientação interna gerou queixas de deputados, que afirmam ter ficado expostos diante do eleitorado. Segundo eles, a bancada foi instruída a votar a favor para depois Lupi se manifestar oficialmente contra.
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Líder do PDT votou a favor
No 1º turno, 10 deputados da sigla votaram a favor da PEC, cinco contra e houve uma ausência. No 2º turno, foram nove votos a favor, quatro ausências e três contrários. O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer, votou a favor da proposta nos dois turnos.
Procurado pela coluna, Lupi afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que “o PDT está discutindo agora a votação no Senado”.