O dólar operava em baixa na manhã desta segunda-feira (15/9), abrindo uma semana marcada pela decisão sobre a taxa de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Dólar
- Às 9h08, a moeda norte-americana recuava 0,34% e era negociada a R$ 5,336.
- Na última sexta-feira (12/9), o dólar terminou a sessão em queda de 0,71%, cotado a R$ 5,354, o menor valor desde junho do ano passado.
- Com o resultado, o dólar acumula perdas de 1,26% em setembro e de 13,37% no ano frente ao real.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
- No último pregão da semana passada, o indicador fechou em baixa de 0,61%, 142,2 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 0,6% no mês e de 18,28% no ano.
Semana de Fed e Copom
“Superquarta” é o termo usado no mercado financeiro para o dia em que coincidem as divulgações das taxas básicas de juros no Brasil e nos EUA.
É o caso dessa quarta-feira, data na qual tanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) quanto o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o BC americano) anunciam o resultado de suas reuniões, que começam na terça-feira (16/9).
A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central (BC) para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.
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Ao reduzir a Selic, por outro lado, a tendência é a de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Na última reunião do Copom, no fim de julho, a autoridade monetária decidiu interromper o ciclo de alta e manteve os juros inalterados, em 15% ao ano. A tendência é que isso se repita nesta semana.
Já nos EUA, o Fed também não mexeu na taxa, que foi mantida no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano. Neste momento, 100% dos analistas do mercado trabalham com o cenário de queda dos juros na quarta-feira. A dúvida é se o corte será de 0,25 ou de 0,5 ponto percentual.
Dados da China
No cenário internacional, os investidores repercutem indicadores econômicos da China, que mostraram o aprofundamento da desaceleração no gigante asiático.
As vendas do comércio varejista chinês recuaram 3,4% em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, abaixo da estimativa de 3,9%. A produção industrial, por sua vez, cresceu 5,2%, desacelerando em relação aos 5,7% do mês anterior – foi o menor ritmo de expansão desde agosto de 2024.