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    Eduardo aposta que nova ordem de Trump pode proteger Bolsonaro

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    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) demonstrou esperança de que uma recente ordem executiva do governo dos Estados Unidos, assinada pelo presidente Donald Trump, possa aumentar a pressão de Washington contra a condenação de Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    Nesta quarta-feira (17/9), o parlamentar disse que o caso do pai pode se enquadrar em uma lei de proteção a detenções “injustas” de norte-americanos no exterior.

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    Apesar de o ex-presidente não ter nacionalidade dos EUA, o deputado se apega a um dos trechos da ordem executiva, anunciada no início de setembro.

    Trata-se de um dos artigos da seção 2 da ordem “Fortalecendo os esforços para proteger cidadãos americanos da detenção indevida no exterior (em tradução livre)”. Nele, Trump definiu que o Departamento de Estado dos EUA pode agir, mesmo nos casos em que a “detenção injusta” ocorra com cidadãos de outros países, mas que Washington tenha “interesse nacional”.

    “Um padrão no qual o governo é responsável, cúmplice ou apoia materialmente a detenção injusta ou ilegal de cidadãos de países terceiros, em casos em que os Estados Unidos têm um interesse nacional, usando critérios semelhantes aos usados ​​pelo Departamento de Estado em determinações de detenção injusta”, diz o trecho da lei.

    Como consequência, Washington prevê que governos, ou autoridades do país, podem sofrer sanções norte-americanas — que vão desde a perda de vistos à restrição de exportações —, se forem classificados como um “Estado Patrocinador de Detenção Injusta”.

    Por isso, Eduardo disse que o ex-presidente pode ser considerado pelo governo dos EUA “refém” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    “Como é notório, Jair Bolsonaro não é apenas um condenado injustamente, ele pode ser classificado como preso político e até mesmo como refém do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes”, escreveu o parlamentar na rede social X.

    Desde o início do ano, Eduardo deixou as funções na Câmara dos Deputados para permanecer nos EUA, de onde articula sanções e retaliações contra autoridades brasileiras ligadas ao processo de Bolsonaro.

    Apesar da pressão da administração Trump, que taxou produtos do Brasil em 50% e fez retaliações contra ministros do STF e outras autoridades brasileiras, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. O ex-presidente é apontado como o líder de uma organização criminosa que tentou, em 2022, realizar um golpe de Estado no Brasil.