Professores do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 120, de Samambaia, denunciaram à Secretaria de Educação do DF (SEDF) que tiveram suas assinaturas falsificadas em atas de prestação de contas dos gastos empenhados na escola.
De acordo com um servidor, que preferiu não se identificar, os valores recebidos pelo colégio supostamemte não estariam sendo usados para investimentos no bem-estar e melhoria do espaço de ensino e, para camuflar tal fato, as firmas teriam sido falsificadas.
O colégio promoveu reuniões que, de acordo com a denúncia apurada pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) e pela Corregedoria da pasta, nunca existiram. A intenção dos encontros fakes seria dar um ar de legalidade ao processo viciado.
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Ao descobrir que seus nomes eram usados indevidamente em documentos públicos, funcionários da escola levaram o caso à Polícia Civil do DF (PCDF) e ao MPDFT.
Conversas
Em prints de conversas de um grupo no WhatsApp, o grupo contesta o uso de suas assinaturas e indica que teve suas rubricas forjadas.
Veja:
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O documento em questão, ao qual a reportagem teve acesso, apresenta uma caligrafia idêntica em todas as assinaturas, outro fator crucial para que a denúncia fosse feita. A investigação, agora, pretende descobrir de quem partiu a ordem para falsificar as assinaturas.
O que diz o GDF
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Educação. A pasta afirmou que diante das denúncias sobre as irregularidades no CEF 120, o processo de prestação de contas foi encaminhado para análise da Corregedoria.
Já a Corregedoria respondeu que os fatos estão sendo apurados e que a investigação segue restrita para terceiros, incluindo o denunciante.
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A reportagem também tentou contato com os gestores da escola. Em nota, o advogado dos diretores escreveu que a diretora e o vice-diretor estão sendo “alvo de perseguição”.
Também afirmou que “todos os documentos da unidade escolar foram elaborados de forma legítima, dentro da legalidade, e encontram-se devidamente arquivados e disponíveis para conferência junto à Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e demais órgãos de controle”.