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    Edvaldo Magalhães critica inércia da Secretaria de Estado de Educação com relação à escola histórica de Cruzeiro do Sul: retrato do descaso”

    Por José Pinheiro

    Em discurso nesta quarta-feira (24/9), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) relatou a situação da Escola Estadual Braz de Aguiar, que se encontra em situação crítica. A unidade de ensino, que atende 380 estudantes, foi interditada pela Justiça na última semana, devido a sérios problemas estruturantes. 

    Entre as irregularidades encontradas pelo Ministério Público Estadual (MPAC), em ação civil pública apresentada à Justiça, após denúncia da própria direção escolar, estão fissuras e trincas nas paredes, afundamento do piso, queda de parte do forro da cozinha, além de erosão no solo da fundação. A Justiça do Acre determinou uma reforma na unidade, dentro de 30 dias.

    “Eu faço questão de trazer esse tema porque foi preciso que a direção da escola fosse ao MPAC denunciar a situação que os alunos estavam passando na escola porque cansou de pedir reforma. Uma escola tradicional, no Centro da cidade, a Secretaria de Estado de Educação não botou na sua programação a reforma dessa escola. Estamos falando de uma unidade escolar que fica no centro da cidade do segundo maior município, que vai fazer aniversário agora dia 28 de setembro. No centro! Praticamente ao lado da antiga sede da Prefeitura”, relatou Edvaldo.

    O parlamentar disse ainda que “esse é o retrato do descaso”. “Agora a escola está toda azul. Nunca teve essa cor. A escola tinha sua identidade, as cores originais, a memória afetiva do nosso povo que sempre a reconhecia. Lambuzaram a escola de azul e estava para cair em cima dos estudantes e por isso foi preciso o Ministério Púbico entrar com a ação civil pública e o juiz das Vara da Infância e Adolescência sentenciar e obrigar o Estado em 30 dias fazer uma reforma”.

    O parlamentar disse, que certamente, a Secretaria vai apresentar uma desculpa esfarrapada. “O problema é que alguns gostam de pegar carona em registro de preço do Maranhão para fazer reformas que não ocorrem, mas que são pagas e aonde precisa fazer reforma, simplesmente, deixa em risco os estudantes. Vou esperar a nota da SEE, que certamente vai publicar uma desculpa, arranjar um argumento como aquele do tapurú. O pronunciamento do secretário foi esse: ‘mas como, se quando cozinha o tapuru, ele dissolve?’. Eu li, estava pulicado. Eu achei, assim, o cúmulo do descaso, da falta de compromisso”.