A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia afirmou nesta quinta-feira (11/9) que não se deve comparar julgamentos, ao rejeitar a tese de cerceamento da defesa apresentada por advogados dos réus da suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Na quarta-feira (10/9), o ministro Luiz Fux acolheu o pedido da defesa, comparando os prazos do atual julgamento com o do Mensalão. Em seu voto, a ministra ressaltou que todos os autos do processo foram disponibilizados e rebateu o argumento de que o julgamento se deu “rápido demais”.
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“Muito se fala: foi rápido demais esse julgamento. Estamos há dois anos e sete meses daquela afirmativa da eminente ministra-presidente do Supremo [Rosa Weber], que seria feito e tudo seria investido para que algo de tamanha gravidade, que atinge o coração da República, era preciso que se desse a devida preferência — vamos dizer, no caso de julgamento, não de preferência em relação a quem praticou o quê. E por isso os julgamentos estão acontecendo”, pontuou Cármen.
A ministra rejeitou todas as questões preliminares apresentadas pela defesa. O placar geral do julgamento está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro. Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram a favor da condenação de todos os acusados, enquanto Luiz Fux divergiu e absolveu a maior parte dos réus, incluindo o ex-presidente. Nesta quinta-feira, após Cármen Lúcia, quem vota é o presidente da Turma, Cristiano Zanin.
Acompanhe o julgamento: