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    Em novo aceno à área de segurança, Nunes quer “Universidade da GCM”

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    O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pretende enviar nos próximos dias à Câmara Municipal um projeto de lei que cria uma instituição de ensino superior ligada à Guarda Civil Metropolitana (GCM). A ideia do texto já foi apresentada a vereadores nesta semana.

    O projeto prevê que a “universidade da GCM” ofereça cursos e pesquisas ligadas à área da segurança urbana. Atualmente, a prefeitura conta com a Academia de Formação em Segurança Urbana, que promove “a formação, capacitação, aperfeiçoamento, atualização, reeducação e a especialização dos profissionais da GCM”, segundo o órgão.

    De acordo com a gestão municipal, com aval do Ministério da Educação, a nova instituição deverá contar com cursos técnicos, além de cursos de graduação e pós-graduação. Guardas civis metropolitanos, tanto da ativa como da reserva, poderão atuar como professores, ganhando adicionais no salário.

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    Olho em 2026

    • De olho nas eleições para o Governo de São Paulo em 2026, Ricardo Nunes tem focado o segundo mandato na área de segurança.
    • Em discursos e entrevista, Ricardo Nunes costuma citar dados de pesquisas que mostram que a segurança atualmente aparece como a principal preocupação da população, ultrapassando a saúde, que historicamente aparece na liderança desse tipo de levantamento.
    • O titular da Secretaria de Segurança Urbana, Orlando Morando, ex-prefeito de São Bernardo do Campo, também deve disputar a eleição no ano que vem. Segundo aliados, Morando pretende disputar uma vaga como deputado federal.

    Acenos à segurança

    Um dos carros-chefes da gestão Nunes na área é o Smart Sampa, programa de monitoramento por câmeras inteligentes que identifica foragidos da Justiça por meio de leitura facial e cruzamento de dados.

    Para dar “vitrine” ao Smart Sampa, Nunes inaugurou, em fevereiro deste ano, um painel com contagem em tempo real do número de presos com ajuda das câmeras. O prisômetro fica instalado na fachada do prédio que abriga a central de monitoramento do programa, na região central da cidade.

    Outro aceno à segurança foi a tentativa de alterar o nome da GCM para Polícia Municipal, após entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que guardas civis municipais podem exercer funções de policiamento ostensivo.

    Após a Câmara aprovar a alteração do nome do órgão, com forte pressão do governo e de esforço pessoal de Nunes, a medida acabou bloqueada na Justiça de São Paulo.

    Recentemente, o prefeito também conseguiu aprovar na Câmara um projeto de lei que dá bonificação para guardas civis envolvidos em ocorrências de recuperação de motos roubadas.