O braço armado do Hamas divulgou, nesta segunda-feira (22/9), um novo vídeo do refém Alon Ohel, de 24 anos, cidadão israelense e alemão. Segundo o jornal de Israel Haaretz, a família pede que nenhuma foto ou trecho da gravação seja publicado no momento.
No vídeo, Ohel implora ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que a libertação de todos os sequestrados mantidos na Faixa de Gaza seja garantida. O refém também apela para que a família mantenha os protestos contra o governo de Netanyahu a fim de pressionar por sua libertação.
Esta é a segunda vez que Alon aparece em vídeo desde o sequestro, em outubro de 2023. Na primeira gravação, de 5 de setembro, ele foi mostrado ao lado de outro refém, Guy Gilboa-Dalal. De acordo com os familiares, especialistas apontaram, por meio da análise das imagens, perda da visão no olho direito de Alon, além de dificuldade para focar.
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“Nossa família está abalada e sofrendo após a divulgação do vídeo de Alon. É evidente que ele está perdendo a visão do olho direito e parece magro e angustiado. Exigimos que, como pré-condição para qualquer negociação ou assistência ao Hamas, especialistas em olhos examinem Alon e lhe forneçam tratamento”, pediram os pais do jovem ao jornal Haaretz.
A família também afirmou que pretende buscar apoio junto ao enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, além de autoridades da Sérvia e da Alemanha.
Alon Ohel estava prestes a começar os estudos de música após retornar de uma viagem à Ásia nas semanas anteriores ao sequestro no festival de música Supernova, durante o ataque do Hamas.
Ele foi capturado enquanto se abrigava na Rota 232, a única saída do festival, com outros três jovens.
Segundo dados israelenses, o Hamas sequestrou 251 pessoas durante o ataque de 7 de outubro de 2023. Ainda permanecem em Gaza 47 reféns, dos quais 25 foram declarados mortos. O ataque matou 1.219 israelenses, a maioria civis.
A ofensiva retaliatória de Israel causou a morte de pelo menos 65,3 mil palestinos na Faixa de Gaza, também, em sua maioria, civis, segundo o Ministério da Saúde local, cujos números são considerados confiáveis pelas Nações Unidas (ONU).