MAIS

    Embraer anuncia venda bilionária de 50 aviões para empresa dos EUA

    Por

    A Embraer informou nesta quarta-feira (10/9) que fechou um acordo para vender 50 aviões comerciais E195-E2 para a companhia norte-americana Avelo Airlines, por US$ 4,4 bilhões (cerca de R$ 23,8 bilhões, pela cotação atual).

    O contrato firmado entre as duas empresas prevê ainda o direito de compra de outros 50 jatos do mesmo modelo. As entregas das aeronaves estão previstas para o primeiro semestre de 2027.

    A Avelo é uma companhia aérea de baixo custo dos Estados Unidos. Ela opera em 47 cidades do país, além de Porto Rico, Jamaica, México e República Dominicana.

    Trata-se da primeira venda do jato E195-E2 para uma companhia aérea dos EUA. Historicamente, as empresas norte-americanas operam apenas aviões de menor porte da Embraer, como o E-175.

    “Os E195-E2 modernizarão a frota da Avelo, complementando seus Boeing 737NGs, enquanto ampliam a eficiência de custos e o alcance da malha aérea”, afirmou a Embraer, em comunicado.

    “A indústria aérea nos EUA está evoluindo e o E2 se encaixa perfeitamente na nossa visão e no papel único da Avelo nessa evolução”, disse o diretor-presidente da Avelo, Andrew Levy, por meio de nota.

    Leia também

    Principal mercado para a Embraer

    Os EUA são o principal mercado da Embraer, respondendo por 45% das vendas de jatos comerciais e 70% da comercialização de jatos executivos da fabricante brasileira.

    Na aviação comercial, mais de 52% dos jatos que constam da carteira atualizada de pedidos da Embraer estão destinados a seis clientes norte-americanos – o que corresponde a 229 dos 437 aviões encomendados.

    Tarifaço

    A aviação comercial do Brasil ficou de fora do tarifaço comercial imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em julho deste ano. As taxas extras de 40% elevaram o total das tarifas aplicadas sobre grande parte das exportações brasileiras aos EUA para 50%.

    Com isso, as taxas para vendas de aeronaves para os norte-americanos permanece em 10%, em vigor desde abril. A Embraer defende que a alíquota seja zerada.