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Entenda participação de policial dono de fintech em esquema com máfia

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Entenda participação de policial dono de fintech em esquema com máfia

O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, preso temporariamente no último domingo (14/9) por envolvimento em um esquema de golpes financeiros, assumiu posição chave em um arranjo criminoso que rendeu milhões de reais à máfia chinesa atuante no Brasil.

Isso porque ele é fundador e CEO da fintech 2GO Bank, apontada como empresa responsável pela abertura da conta bancária da RMD Administração – instituição de fachada fundada por Ricardo Moraes Daffre, preso no fim de agosto, e utilizada por chineses para lavar dinheiro advindo de fraudes digitais.

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Operação Hydra, do MPSP e da Polícia Federal, foi deflagrada na manhã desta terça-feira

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A investigação, que mira na atuação das fintechs 2GO Bank e Invbank, foi iniciada a partir da delação de Vinicius Gritzbach

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O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, fundador e CEO da fintech 2GO Bank, foi preso durante a operação

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A Operação Hydra tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa

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Cyllas, que atuou no Deic, foi citado por Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil

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Quem é o policial preso em operação que mira fintechs ligadas ao PCC

Reprodução

Além de abrir a conta da RMD, as duas empresas também compartilharam o mesmo endereço, uma sala comercial em Indianópolis, na zona sul de São Paulo.

De acordo com o inquérito policial que apura o caso, obtido pelo Metrópoles, a RMD é a empresa que mais movimentou dinheiro no período analisado pela investigação: foram R$ 480 milhões em um ano e meio.

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A 2GO enviou mais de R$ 5 milhões para a RMD Administração e recebeu dela mais de R$ 700 mil, em um período de cerca de um ano e meio. Cyllas também recebeu R$ 120 mil da empresa em sua conta física.

Junto com a TGC Variedades LTDA, de propriedade do chinês Lin Chen, a RMD e a 2GO formam “um complexo conjunto para a prática reiterada de atos de lavagem de capitais”, afirmou a Polícia Civil.

Policial civil é preso pela 3ª  vez

Esta é a terceira vez que Cyllas é preso. Ele foi detido pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo no último domingo após suspeitas de atuar em um esquema de golpes financeiros em moradores do Jardim Pantanal, bairro na zona leste da capital que sofreu com fortes enchentes no início do ano.

Ele havia sido preso anteriormente em fevereiro deste ano, no âmbito da operação Hydra, iniciada a partir da delação de Vinicius Gritzbach, morto em 8 de novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A investigação demonstrou que a 2GO Bank era responsável por lavar dinheiro para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

E, em 26 de novembro do ano passado, Cyllas foi preso pela primeira vez, em uma operação da Polícia Federal (PF) batizada de Tai-Pan, contra crimes financeiros que movimentaram R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos. Ele foi solto em janeiro deste ano após uma decisão da Justiça Federal.

Entenda esquema envolvendo máfia chinesa

Fintech detectou movimentações suspeitas

O Metrópoles procurou a defesa de Cyllas, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. A defesa dos demais envolvidos não foi localizada. O espaço segue aberto.

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