O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) junto ao filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e ao jornalista Paulo Figueiredo porque já figura na ação penal sobre a tentativa de golpe.
A explicação foi apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, na denúncia protocolada contra Eduardo e Figueiredo nesta segunda-feira (22/9). Segundo o PGR, a situação de Bolsonaro já está definida na outra ação penal em que o ex-presidente foi condenado a 27 anos de prisão.
Na nova denúncia, Gonet concentrou a acusação no núcleo de aliados de Bolsonaro. De acordo com a peça, os dois teriam praticado condutas criminosas para que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio país fossem alvo de sanções.
“Todo o percurso estratégico relatado confirma o dolo específico de Eduardo Bolsonaro e de Paulo Figueiredo de instaurar clima de instabilidade e de temor, projetando sobre as autoridades brasileiras a perspectiva de represálias estrangeiras e sobre a população o espectro de um país isolado e escarnecido. Tudo isso, e sempre, no intuito de mover o Supremo Tribunal Federal a não produzir juízos condenatórios nos processos relativos ao chamado ‘caso do golpe’. O objetivo sempre foi o de sobrepor os interesses da família Bolsonaro às normas do devido processo legal e do bom ordenamento da Justiça”, salientou Gonet.
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