Encontrar um escorpião amarelo dentro de casa pode ser um susto e um sinal de alerta. Ao contrário de pragas como ratos e baratas, esses animais não deixam rastros visíveis ou odores que denunciem sua presença. Segundo o biólogo Fabiano Soares, o principal indício de infestação é o próprio aparecimento do escorpião, geralmente durante a noite, em locais como banheiros, cozinhas, áreas de serviço, quintais ou até dentro de sapatos e rodapés mal vedados.
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“Eles procuram ambientes escuros, úmidos, com frestas para se esconder e próximos a fontes de alimento, como baratas”, explica Fabiano. Isso significa que o acúmulo de entulho, lixo e até móveis encostados na parede podem favorecer o surgimento dos escorpiões.
Além disso, a infestação pode começar fora de casa. “Mesmo que eles não estejam dentro da sua residência, só o fato de estarem na vizinhança já representa risco. Uma das espécies, o escorpião amarelo, se reproduz por partenogênese, ou seja, a fêmea gera filhotes sozinha, o que acelera muito a infestação”, alerta o biólogo.
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Os escorpiões amarelos são nocivos à saúde humana
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O entulho atrai o escorpião-amarelo
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O cheiro forte de algumas plantas incomodam os escorpiões
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Segundo o especialista, a presença de baratas deve ser vista como um aviso. “As baratas atraem os escorpiões, porque são o principal alimento deles. Se tem muita barata, pode esperar que o escorpião apareça também.”
Dicas para evitar o aparecimento de escorpião amarelo:
- Mantenha os ralos sempre tampados, de preferência com telas metálicas;
- Vede bem portas, janelas e rodapés com frestas ou aberturas;
- Elimine entulhos, lixo acumulado e pilhas de madeira dentro e fora de casa;
- Reduza a população de baratas, mantendo limpas as caixas de gordura e esgoto;
- Ilumine bem o quintal e, se possível, use lanternas com luz ultravioleta para inspecionar áreas à noite.
A barata é o principal alimento dos aracnídeos
Fabiano também recomenda envolver os vizinhos no processo: “Às vezes, o foco está em um terreno baldio ou no imóvel ao lado. É importante conversar, informar e promover esse cuidado coletivo.”
Caso haja suspeita de infestação, procurar ajuda profissional também é um passo importante. “O olhar técnico de alguém da vigilância sanitária ou zoonoses pode identificar focos que passam despercebidos por quem mora ali”, afirma.
Mais do que eliminar o animal quando ele aparece, a mensagem do biólogo é clara: a chave está na prevenção contínua e nos cuidados com o ambiente.