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    Escritório do crime: hacker fingia ser juiz para fraudar processos

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    Policiais civis do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, prenderam nesta sexta-feira (26/9) um dos principais integrantes de uma quadrilha especializada em crimes cibernéticos contra órgãos públicos. O alvo foi localizado em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

    De acordo com as investigações, o preso atuava como operador técnico da organização criminosa, sendo responsável por explorar vulnerabilidades e manipular credenciais obtidas de forma fraudulenta.

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    Entre as práticas identificadas, estão a utilização de credenciais de magistrados para quebrar a autenticação virtual em duas etapas; decodificação de certificados digitais; manipulação de dados cadastrais de juízes; emissão de alvarás judiciais falsos; e desbloqueios ilícitos de sistemas.

    Segundo os investigadores, as ações do grupo causaram prejuízos milionários à administração pública, ao Poder Judiciário e a particulares, comprometendo a segurança de dados sensíveis e fomentando atividades ilícitas de alto impacto econômico e social.

    Escritório do crime

    Durante o cumprimento dos mandados, os policiais descobriram que uma das residências ligadas ao criminoso funcionava como verdadeiro “escritório do crime”. No local, aparentemente abandonado, foram apreendidos um notebook, um telefone celular e um caderno com anotações que devem ajudar a avançar nas investigações.

    O homem foi encontrado em Guaratiba, um dos endereços monitorados pelos agentes. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça por peculato. Ele foi conduzido para unidade policial e está à disposição da Justiça.