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Esquema que prendeu policial abasteceu máfia chinesa e clube de tiro

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Esquema que prendeu policial abasteceu máfia chinesa e clube de tiro

O esquema criminoso que resultou na terceira prisão do policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, nesse domingo (14/9), abasteceu a máfia chinesa, que atua em São Paulo, com milhões de reais.

Parte do montante foi direcionado a um clube de tiro, com o objetivo de lavar o dinheiro e adquirir armas de fogo e munições de forma ilegal, como o Metrópoles mostrou no início deste ano no especial Tentáculos da Máfia Chinesa.

No especial, a reportagem também demonstrou que criminosos recrutavam laranjas para colher dados pessoais e, com as informações, abrir contas em nome de pessoas físicas em fintechs, como a Stone. Essas contas eram usadas em fraudes bancárias, como golpes via Pix. O esquema chegou a faturar R$ 4 milhões entre abril e junho de 2022.

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O montante era lavado em contas jurídicas de fachada, geralmente associadas a lojas do Brás, na região central de São Paulo, que é reduto do arranjo criminoso. Além das lojas, a empresa Uzi Comércio de Armas e Clube de Tiro também foi usada para lavagem do dinheiro proveniente do esquema.

No caso de Cyllas, a principal empresa usada para lavar dinheiro foi a RMD Administração Empresarial LTDA, que movimentou R$ 480 milhões em um ano e meio.

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Criminosos movimentavam milhões

Segundo as investigações, o grupo criminoso – composto por brasileiros e chineses – movimentou milhões de reais através de um complexo esquema de lavagem de dinheiro, principalmente entre 2020 e 2023. Eles utilizavam as contas abertas no nome dos laranjas para aplicar fraudes eletrônicas, como falsas promessas de emprego.

As vítimas eram incentivadas, geralmente por meio virtual, a fazer transferências Pix para as contas Stone, com a premissa de que ganhariam um trabalho remunerado após o pagamento. Somente entre abril e junho de 2022, a organização criminosa recebeu R$ 4 milhões dessa forma.

O dinheiro era lavado por meio de empresas de fachada, que recebiam transferências das contas dos laranjas. Além disso, o grupo mantinha fábricas e depósitos de produtos falsificados, como perfumes e cosméticos, na região do Brás.

Eles também utilizavam a empresa Uzi Comércio de Armas e Clube de Tiro para lavar dinheiro e adquirir armas de fogo e munições de forma ilegal, como o Metrópoles mostrou no início do ano na reportagem sobre a máfia chinesa.

Na época, a reportagem apontou que golpes envolvendo o Pix e o uso de laranjas na região do Brás ligavam um arsenal de armas à máfia chinesa.

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