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    Estilo Brasil: Fagner reconstrói a própria vida em forma de canção

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    Raimundo Fagner retorna aos palcos de Brasília em 24 de outubro, no Festival Estilo Brasil, realizado pelo Metrópoles, para um show que promete ser tão íntimo quanto grandioso. O cantor, dono de uma trajetória que atravessa mais de cinco décadas, segue em plena produção e revisitação, equilibrando o peso dos clássicos com novas experimentações musicais.

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    No Ulysses Centro de Convenções, o público pode esperar um mergulho profundo na memória afetiva da MPB. “Borbulhas de Amor”, “Espumas ao Vento”, “Deslizes” e “Canteiros” são apenas alguns dos hinos que estarão no repertório e que se tornaram trilha sonora de gerações e marcam o coração do Brasil.

    Fagner, Belchior e a Fortaleza da contracultura

    Embora eternizado como intérprete romântico, o início da carreira de Fagner nasceu em um ambiente de efervescência cultural no fim dos anos 1960, em Fortaleza. Ali, ao lado de nomes como Amelinha, Fausto Nilo e, claro, Belchior, o cantor moldou a identidade artística.

    A relação com Belchior atravessa décadas e hoje é peça central do trabalho mais recente de Fagner: o álbum “Meu Parceiro Belchior”. O projeto resgata composições inéditas, muitas surgidas após a abertura de arquivos do DOPS, incluindo a emocionante “O Alazão”.

    Foi também Belchior quem abriu portas para o amigo: a mítica “Mucuripe” nasceu desse encontro e acabou levando Fagner ao Rio de Janeiro. “Ele tinha uma cultura geral invejável, foi seminarista, médico. Divergimos em muitas coisas, mas a admiração era enorme”, recorda Fagner.

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    Conexões improváveis e a força do encontro

    A carreira de Fagner é marcada por encontros que atravessam fronteiras da música. De Elis Regina a Chico Buarque, de Luiz Gonzaga a Mercedes Sosa, a obra dele sempre dialogou com diferentes vozes.

    No novo disco, esse espírito se mantém. Amelinha empresta a voz a uma faixa que atravessa gerações; Frejat resgata o elo com Cazuza em “O Sinal Aberto”; e, talvez a maior surpresa, Xand Avião aparece em “Nova História”, trazendo o frescor da música nordestina contemporânea.

    “Convidei Xand durante a pandemia, e ele gravou a música rapidinho. Ele representa muito bem o Nordeste e o forró”, conta Fagner.

    O show em Brasília: memórias e futuros possíveis

    Fagner não para. Além do tributo a Belchior, prepara um disco comemorativo de Manera Fru Fru, celebra a bossa nova em parceria com Roberto Menescal, trabalha em um segundo álbum com Renato Teixeira e, em Recife, grava um novo projeto de pé de serra com Dogival Dantas, Flávio José, Zé Cantor e Anastácia.

    No Estilo Brasil, o cearense promete uma viagem pela própria trajetória, em que cada música funciona como capítulo de uma história que continua a ser escrita.

    No palco, Fagner reconstrói a própria vida em forma de canção e convida o público a revisitar, com ele, cinco décadas de música que marcaram a alma brasileira.

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    O festival tem o oferecimento do Banco do Brasil Estilo, patrocínio de cartões BB Visa, Banco do Brasil e Governo Federal, o projeto é realizado pelo Metrópoles e conta com a produção da Oh! Artes.

    Programação:

    Fagner
    24 de outubro

    Lô Borges, Beto Guedes e Sérgio Hinds
    Turnê: Esquinas & Canções
    25 de outubro

    Martinho da Vila
    31 de outubro

    Paralamas do Sucesso & Dado Villa Lobos
    Turnê: Celebrando 40 anos de Clássicos
    21 de novembro

    Festival Estilo Brasil

    Local: Ulysses Centro de Convenções
    Ingressos: Bilheteria Digital