Os mercados de câmbio e ações no Brasil reagiram fortemente nesta quarta-feira (17/9) ao corte dos juros dos Estados Unidos, o primeiro sob o governo de Donald Trump. Depois de fortes oscilações, o dólar registrou leve alta de 0,06%, a R$ 5,30, ainda assim, próximo das mínimas observadas em junho de 2024 – há 15 meses, portanto. Por ter sido pequena, a variação da moeda americana indicou estabilidade na cotação. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), fechou em alta de 1,06%, aos 145.593 pontos, quebrando novos recordes históricos.
No Ibovespa, um novo recorde durante o pregão, no movimento “intradiário”, foi quebrado às 15h09 (o anúncio da redução dos juros americanos ocorreu às 15 horas), quando o índice atingiu 146.329 pontos. Com isso, ele superou os 144.193 pontos obtidos na véspera, também durante a sessão. Os 145.593 pontos anotados no fechamento do índice ultrapassaram os 143.546 pontos no encerramento de terça-feira (16/9).
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Na avaliação de Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, conforme amplamente esperado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), cortou a taxa de juros americana em 0,25 ponto percentual. Com isso, ela passou para o intervalo entre 4% e 4,25%.
“Houve um único voto dissidente, do recém-empossado Stephen Miran, indicação de Donald Trump e membro do governo, que defendeu uma redução de 0,5 ponto percentual”, diz a economista. “Mais significativo do que a própria decisão, o ‘dot plot’, que reúne as projeções dos membros do comitê, indicou mais dois cortes ainda em 2025 e uma redução adicional em 2026.”