Enquanto Alexandre de Moraes protagoniza o julgamento de Jair Bolsonaro na Primeira Turma do STF, seu ex-assessor Eduardo Tagliaferro desafia o ministro do Supremo no Senado, nesta terça-feira (2/9).
Tagliaferro é a estrela da sessão da Comissão de Segurança do Senado que trata dos relatórios do jornalista norte-americano Michael Shellenberger sobre supostas irregularidades do STF e do gabinete de Moraes no TSE.
3 imagens
Fechar modal.
1 de 3
Alexandre de Moraes e Eduardo Tagliaferro
Reprodução2 de 3
Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes
Saulo Cruz/Agência Senado3 de 3
Sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado
Saulo Cruz/Agência Senado
Durante a sessão, o ex-assessor chegou a lançar um desafio a Moraes, ao ser questionado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) sobre uma suposta perseguição de Moraes a políticos e militantes de direita
“Desafio Alexandre de Moraes a trazer o grupo, que acredito que ele deva ter apagado, e mostrar que, nesse grupo, em todos os pedidos e em todos os e-mails oficiais que enviei ao STF, exista qualquer tipo de pesquisa ou investigação, como quiserem enquadrar, referente ao espectro da esquerda. Não existe”, afirmou Tagliaferro.
Leia também
-
Temos que dar condições para Motta pautar anistia, diz Valdemar
-
Governo Lula dá novo cargo a general citado pela PF no caso Marielle
-
Valdemar, Ciro e Rueda debatem anistia durante julgamento de Bolsonaro
-
Sem Bolsonaro, direita desiste de assistir a julgamento in loco no STF
O ex-assessor, alvo de um pedido de extradição feito por Moraes por ter vazado conversas entre assessores do ministro, disse no Senado ser perseguido e acusou o magistrado de atentar contra a própria democracia.
“Todo o trabalho feito por Alexandre de Moraes não só foi um atentado à liberdade de expressão, como também à democracia do país. Eu mesmo sofro isso hoje. Não posso me manifestar, não posso falar a verdade do que aconteceu, porque sou tratado como criminoso e perseguido por ele. Ele, com autoridade, impõe o medo às pessoas para que se mantenham caladas. E, de fato, aos meus olhos, isso é um atentado contra a dignidade humana, contra a pessoa, contra as instituições e contra o povo brasileiro”, afirmou.