Um falso pecuarista foi preso pelo Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), por aplicar um golpe de R$ 300 mil em uma holandesa, com cidadania brasileira, de 74 anos.
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O homem de 60 anos foi detido preventivamente nessa quinta-feira (11/9), em Aparecida de Goiânia (GO). Também foi decretado o bloqueio dos valores relativos a investigação.
Vídeo do momento da prisão:
Mais detalhes:
- Segundo a polícia, a vítima que é muito conhecida pelos trabalhos sociais e foi lesada por um golpe que se estendeu por aproximadamente três anos.
- A investigação revelou um esquema criminoso que explorou a boa-fé e o altruísmo da vítima, iniciado quando o investigado a contatou por uma rede social.
- O suspeito criou um perfil fictício de “Nabu Badona”, apresentando-se como um pecuarista bem-sucedido de Palmas (TO), com residências em Goiânia e Anápolis.
- Para conquistar a confiança da vítima, ele se fazia passar por grande benfeitor, alegando realizar doações anuais de caminhões de arroz para instituições de caridade.
Histórias inventadas
Ao longo do tempo, o suspeito inventava histórias para arrancar dinheiro, como a falsa promessa de trocar um imóvel em Palmas por outro em Goiânia, sem nunca mostrar endereço ou prova.
Nas conversas de WhatsApp, usava manipulação emocional: fazia promessas que não cumpria, dava desculpas vagas e até falava de religião para manter a farsa. Assim, convenceu a vítima, uma idosa holandesa, a fazer várias transferências em euros por meio de casas de câmbio.
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Histórico de transferências
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O golpe só foi descoberto quando o filho percebeu as contradições e alertou a mãe. Ao tentar recuperar o dinheiro, ela foi bloqueada pelo suspeito em todas as redes.
A polícia apurou que ele já tinha passagem por crimes no Tocantins, inclusive por enganar outra idosa em Gurupi (TO), além de registros por ameaças a familiares.
Nos últimos anos, mudava sempre de cidade entre Goiás e Tocantins para despistar. Durante o interrogatório, confessou ter ficado com o dinheiro.
A divulgação da foto do preso foi autorizada para ajudar na identificação de possíveis novas vítimas e testemunhas.