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    Focus: mercado reduz projeção da inflação pela 14ª semana consecutiva

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    Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção de inflação de 2025 pela 14ª semana consecutiva. É o que mostram os dados do relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (1º/9).

    O mercado também reduziu as estimativas de inflação dos próximos dois anos. A previsão para 2028 não foi alterada em relação à semana anterior, conforme mostra o Focus.

    Confira como ficaram as estimativas para a inflação:

    • para 2025, recuou de 4,86% para 4,85%;
    • para 2026, caiu de 4,33% para 4,31%;
    • para 2027, passou de 3,97% para 3,94%; e
    • para 2028, é de 3,80%.

    O que é o relatório Focus

    • O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado financeiro coletadas até a sexta-feira imediatamente anterior à divulgação do documento.
    • O Focus é tradicionalmente divulgado toda segunda-feira.
    • O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores.
    • As projeções são do mercado, não do Banco Central. A autoridade monetária só reúne e divulga os dados.

    Inflação

    Os preços de bens e serviços do país avançaram 0,26% em julho, após registrar aumento de 0,24% em junho. Em 12 meses até julho, a inflação acumula alta de 5,23%, ainda acima da meta.

    Para agosto, os analistas consultados pelo BC apostam em uma queda de 0,15% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o termômetro da inflação. O IPCA de agosto será divulgado em 10 de setembro.

    A inflação ficou acima do teto da meta em junho, com acumulado de 5,35%. Foi a primeira vez que um estouro foi registrado no novo regime, que utiliza o acumulado de 12 meses, chamado de meta contínua.

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    No regime de meta contínua, o índice é apurado mês a mês. Caso o acumulado dos meses fique acima do fixado por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

    Projeção do PIB sobe

    O mercado financeiro revisou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025, aumentando de 2,18% para 2,19%. As projeções do PIB para 2026 e 2027 também subiram, enquanto a estimativa para 2028 não foi alterada.

    Confira como ficaram as estimativas para a inflação:

    • para 2026, passou de 1,86% para 1,87%;
    • para 2027, foi de 1,87% para 1,89%; e
    • para 2028, é de 2%.

    O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica da nação.

    A divulgação referente ao segundo trimestre do ano será feita nesta terça-feira (2/9).

    Em 2024, a atividade econômica brasileira fechou em alta de 3,4%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre, o PIB registrou alta de 1,4%, com destaque para a expansão do agro.

    O Ministério da Fazenda espera que a economia brasileira cresça 2,5% neste ano, enquanto o Banco Central projeta uma expansão de 2,1%. A expectativa é que o PIB desacelere a partir do segundo trimestre do ano.

    Taxa de juros

    Na reunião de julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros do país, a Selic, em 15% ao ano e, assim, encerrar o ciclo de altas dos juros.

    O mercado manteve, pela nona semana consecutiva, a projeção da Selic em 15% ao ano, conforme as estatísticas do Focus mais recente. Ou seja, os analistas não esperam novas elevações em 2025.

    As previsões dos analistas para os demais anos seguem as mesmas, confira abaixo:

    • Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
    • Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
    • Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.

    A próxima reunião do Copom está marcada para 16 e 17 de setembro.