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“Foi um desabafo”, diz vencedor de competição de funk contra Tigrinho

“Foi um desabafo”, diz vencedor de competição de funk contra Tigrinho

Cesar Augusto Oliveira Silva, de 21 anos, conhecido como Caesar MC, foi o grande vencedor do Festival de Funk Online, uma competição organizada pelo governo de São Paulo, através das Fábricas de Cultura, no qual os concorrentes deveriam escrever a melhor letra de funk sobre os impactos dos jogos de aposta na vida dos jovens.

A vitória de Caesar foi anunciada no dia 27 de agosto. Ao Metrópoles, ele revelou que escreve desde os 15 anos.

“Foi mais um desabafo sobre o que a gente vê sobre as apostas e o que elas fazem com as famílias, principalmente as de baixa renda”, revelou.

Além das músicas, o concurso também recebeu ilustrações de grafiteiros locais sobre o tema. Os grafites serão transformados em cartazes e espalhados pela periferia na próxima semana.

Veja um exemplo:

Caesar MC venceu a competição Festival de Funk Online, organizada pelas Fábricas de Cultura, que expos os impactos dos jogos de aposta - Metrópoles

Como vencedor da competição, Caesar MC teve sua música produzida com direito a webclipe (veja os bastidores abaixo). Mesmo sabendo que haviam muitos talentos disputando o prêmio, ele estava confiante que ganharia.

“Quando eu descobri que tinha ganhado, foi um êxtase incrível. Saber que nosso sonho está caminhando mais um passo é muito bom”, falou.

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Cesar Augusto segue no mundo da música, terminando de trabalhar seu primeiro álbum, chamado “Sangue Latino”. A ideia dele é trazer uma mistura dos ritmos latinos no geral, como salsa, reggaeton, samba rock, rap e o próprio funk.

Competição “anti Tigrinho”

O diretor das Fábricas de Cultura, Renato Barreiros, explicou ao Metrópoles que a ideia do concurso surgiu de uma pesquisa que apontou que parte dos jovens adia o ingresso na faculdade por dívida com jogos de apostas.

“Como trabalhamos na periferia, acompanhamos no dia-a-dia a tragédia que têm sido as bets para a juventude, que aposta dinheiro até mesmo do lanche da escola e são, muitas vezes, incentivadas por músicas de funk e redes sociais”, disse.

Como as Fábricas de Cultura já promovem eventos com funk, eles decidiram usar as duas linguagens da juventude para tentar conscientizar esses jovens utilizando o gênero musical e o grafite.

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